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Surto de inflação leva mercado a rever IPCA e IGP-M para cima
Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
13/11/2006 | 21:48
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O surto inflacionário que tomou conta dos índices de preços em outubro (IPCA, IPC-IMES/ABC, IPC-Fipe e IGP-M), tendo como foco, principalmente os preços das carnes bovina e de frango, respingou sobre o comportamento futuro da inflação.

Segunda-feira, o Boletim Focus – distribuído pela Gerência de Relacionamento com Investidores do Banco Central – mostrou um sinal negativo nesse aspecto. A inflação esperada pelos analistas de mercado ouvidos pela autoridade monetária subiu para novembro e dezembro em todos os índices de preços.

Para o IPCA deste mês, as projeções deram salto de 0,34% para 0,35%, sendo de 0,34% para 0,40% no IGP-DI, de 0,35% para 0,55% no IGP-M e de 0,37% para 0,39% no IPC da Fipe.

Para dezembro, os prognósticos passaram de 0,34% para 0,35% no IPCA, de 0,34% para 0,35% no IGP-M e de 0,35% para 0,36% no IPC da Fipe, mantendo-se estável para o IGP-DI, em 0,33%.

Por força dessa retomada da curva de inflação neste fim de ano, as expectativas do mercado estancaram quando o assunto é taxa de juros: 13,25% é a aposta para a nova Selic, após a reunião do Comitê de Política Monetária, entre os dias 28 e 29 deste mês.

Um novo recuo do juro básico passa a ser esperado apenas na reunião do Copom de janeiro. Portanto, os consumidores brasileiros devem atravessar o Natal e brindar o Ano Novo com um juro potencial de 13,25% ao ano.

Revisões gerais – Como o mercado financeiro revisou os índices de inflação para o último bimestre de 2006, automaticamente passou a defender uma inflação anual maior.

A expectativa para o IPCA passa a ser de 3,05%, ante os 3% anteriores. Nesse caso, está ainda muito distante da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,5% para este ano.

Para o IGP-DI, indexador usado na revisão de contratos entre o comércio e a indústria, os prognósticos subiram de 3,19% para 3,70%.

Para o IGP-M, indicador usado na recomposição de preços nos contratos de aluguel, as expectativas agora apontam para uma inflação anual de 3,67%. Há uma semana a aposta era de 3,43% e há 30 dias, de 3,20%. O IPC-Fipe subiu de 1,73% para 1,82%.

Também sobrou para o PIB: caiu de 3% para 2,97% e para a produção industrial, de 3,40% para 3,12%.



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