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Polícia fecha empresa de vigilância em São Paulo
12/05/2004 | 23:37
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O ex-cabo da PM (Polícia Militar) Marcos Lenehrt de Oliveira, dono da Itaim – Vigilância Comércio e Serviços, esteve na manhã desta quarta-feira na PF (Polícia Federal), onde assinou o auto de encerramento da atividade clandestina de sua empresa. Ao delegado Abmaílson Santos de Oliveira, responsável pela concessão dos alvarás das empresas de segurança, Souza comprometeu-se a mudar de ramo e a colaborar com a polícia para a captura de seu vigilante Carlos Almir Oliveira de Souza, acusado de matar o estudante Guilherme Mendes Almeida, 15 anos.

Oliveira não vai responder a processo. Em seu depoimento alegou que ele e seus empregados não realizavam serviços de segurança, mas "monitoramento e técnicas de sistemas de alarmes”. Explicou que jamais orientou seus funcionários a andarem armados porque sabia que o trabalho era só de fiscalização.

O ex-cabo apresentou à PF o contrato social de sua empresa, registrado na Junta Comercial, e disse ter montado a firma com alguns amigos, depois ficou sozinho e tinha dez funcionários. “É coisa pequena. Pretendia ampliar meus contratos e pedir o alvará de funcionamento como uma empresa de segurança”, disse ele. Oliveira foi avisado que se voltar à atividade clandestina responderá a processo por desobediência e poderá ser condenado de 3 meses a 2 anos de detenção.

A Polícia Civil continua procurando o vigilante. No último endereço num bairro da Zona Sul de São Paulo, descoberto pelos investigadores da Seccional Oeste de Polícia e do 14º DP (Distrito Policial) de Pinheiros, os policiais souberam que a casa é da irmã de Souza. O vigilante passou pela casa horas depois do crime, fez as malas, avisou a irmã que faria uma viagem longa e que depois telefonaria. No sábado telefonou de Miracatu, no Vale do Ribeira, para a irmã e para o celular do ex-cabo da PM dizendo que estava sem dinheiro e pretendia se apresentar.

Investigação – A Polícia Federal está investigando em São Paulo, 37 empresas clandestinas de segurança que foram denunciadas através de telefonemas ao Sesvesp (Sindicato das Empresas Privadas do Estado de São Paulo). O agente da PF, Darcke Brasil, informou que o setor operacional da Delegacia de Controle de Segurança Privada, da Polícia Federal, em São Paulo, tem 15 agentes para efetuar os levantamentos das empresas que atuam de maneira irregular. "Eram 38 ordens de verificação e entre elas estava a da Itaim Segurança que hoje (quarta-feira) teve encerradas suas atividades", revelou o agente.

Clandestinos – Este ano, o trabalho de fiscalização dos clandestinos, segundo Darcke, foi prejudicado por causa da greve dos agentes e dos funcionários operacionais da PF. Antes da greve haviam sido fechadas 20 empresas na capital. "Nosso trabalho é minucioso. Verificamos a documentação, as condições do imóvel e levantamos os antecedentes dos proprietários. Em caso de clandestinidade, avisamos que, se não fechar, o processo por desobediência será inevitável”, informou o agente.

Jofre Sandin, diretor do Sesvesp, e proprietário da Belfort Segurança, declarou, nesta quarta, que a fiscalização dos clandestinos pode ser feita também pelas Polícias Civil e Militar e não apenas pela PF.




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