Os técnicos da Receita Federal no Rio de Janeiro realizaram um ato na manhã desta terça-feira no Aerporto Internacional Tom Jobim para pedir o apoio de parlamentares e passageiros contra a unificação da Secretaria da Receita Federal e da Secretaria do Receita Previdenciária.

A Receita Federal do Brasil, chamada de Super Receita, foi criada no dia 21 de julho e começou a funcionar no dia 15 deste mês, com o objetivo de controlar a fiscalização e arrecadação da Receita e Previdência Social. O novo órgão terá cerca de 30 mil servidores: 20 mil da Receita Federal e 10 mil da Receita Previdenciária.

Os técnicos se opõem a criação da Super Receita por ter sido criada sem discussão com a sociedade, sem respeitar as atribuições de cada categoria e sem que fosse respeitado o projeto do plano de cargos e salários para a Receita, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas.

Segundo um dos diretores da executiva nacional do SindiReceita (Sindicato dos Técnicos da Receita Federal), Roberto Cardoso dos Santos, sem esse plano fica mantida a diferença salarial entre os técnicos da Receita, que ganham um salário inicial de R$ 3,9 mil, e o dos auditores fiscais da Previdência, que é R$ 7,2 mil.

"Há um risco muito grande quando você de mexe na principal estrutura arrecadadora do Estado e funde dois órgãos dessa grandeza", disse o diretor do SindiReceita. Santos afirmou estar preocupado com os conflitos internos que o novo órgão pode gerar. "Você joga duas categorias completamente diferentes e não resolve problemas dos pleitos que existem há mais de 20 anos. Isso com certeza vai gerar um efeito negativo no serviço", alertou.