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Secretaria oferece recompensa por suposto assassino de Tim
Do Diário OnLine
11/06/2002 | 17:54
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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Aguiar, anunciou nesta terça-feira o pagamento de uma recompensa no valor de R$ 50 mil por pistas que possam ajudar na captura do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado de assassinar o repórter Tim Lopes, da Rede Globo.

Relatos de dois suspeitos presos neste domingo apontam que o jornalista teria sido morto com um golpe de espada desferido pelo traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco. Nesta terça, um corpo foi encontrado na Favela da Grota, no Complexo do Alemão, junto a uma microcâmera da TV Globo. O governo do Estado considera que o corpo tem 99% de chance de pertencer ao repórter.

Com a grande possibilidade do corpo de Tim Lopes ter sido encontrado, a polícia intensifica suas buscas a Elias Maluco. Um grupo de 15 agentes especiais do Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal já foi enviado ao Rio de Janeiro. Também foram enviados à cidade policiais que trabalham na área de inteligência, que trabalharão em conjunto com as políciais Civil e Militar.

Elias Muluco — Falhas na Justiça e manobras de advogados causaram a libertação de Elias Maluco da prisão. Detido em 1996 por tráfico de drogas, Elias cumpriu pena de três anos da sentença expedida pela 30ª Vara Criminal. Paralelamente, um processo com outros 17 réus corria na 31ª Vara Criminal, o acusando pelo seqüestro de Eduardo Gouvêa Filho.

No entanto, a ausência de algumas testemunhas, réus e advogados acabou atrapalhando a tramitação do processo, o que fez com que a Justiça libertasse Elias por falta de provas.

Nos últimos seis anos, quatro juízes passaram pela 31ª Vara Criminal e encontraram as mesmas dificuldades no processo contra Elias Maluco. O advogado do suposto assassino do repórter da Globo, Nicolino Lagruta, foi assassinado e o cargo foi ocupado por Paulo Roberto Pedrini Cuzzuol.

O traficante teria sido beneficiado por manobras de seus advogados, que impetraram quatro habeas-corpus em favor do acusado. "No quinto, a Justiça teve que soltá-lo por excesso de prazo para que não fosse registrado constrangimento ilegal", conta o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Marcus Faver.




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