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Santo André reabre o Adib Chammas
Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
29/03/2011 | 07:59
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Foram 83 dias de congestionamentos, desvios de rotas em linhas de ônibus e muita dor de cabeça para o motorista acostumado a dirigir em Santo André. Mas, finalmente, as obras de reparos no Viaduto Adib Chammas foram encerradas e o elevado está totalmente liberado para a passagem do tráfego desde ontem - quatro dias antes da data prevista anteriormente. No entanto, alguns pequenos serviços ainda serão feitos nos próximos 30 dias, mas sem interromper o trânsito.

O anúncio foi acompanhado pelo pronunciamento oficial do secretário da Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos), Alberto Rodrigues Casalinho, que há 15 dias não comentava sobre a reforma do elevado.

Esta não será a única reforma pela qual o Adib Chammas vai passar até o próximo ano. Casalinho anunciou que uma nova pista será construída no sentido bairro-Centro. "Isso será feito para facilitar o fluxo. Nos próximos dias vamos publicar o edital para contratar o projeto executivo. Mas acredito que ainda neste ano poderemos anunciar a obra", disse o secretário, ontem, em visita ao Diário.

Para essa intervenção, ao contrário do que aconteceu nos últimos meses, não será necessário interditar o Adib Chammas.

O titular da Pasta informou ainda que o próximo viaduto que vai receber reparos será o Castelo Branco - que liga a Avenida Dom Pedro II à Avenida dos Estados. "Fizemos estudos que apontam esse viaduto como um dos mais problemáticos. Agora estamos verificando a possibilidade de licitar essas obras", comentou.

Casalinho falou também sobre a situação das pontes sobre o Rio Tamanduateí, na Avenida dos Estados. Conforme avaliou o gestor, todas as ligações precisam de manutenção. "Mas as pontes são de responsabilidade do Estado, que, por meio do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), poderá executar obras necessárias", falou.

No início deste mês, a ponte que completa a rotatória da Avenida Antônio Cardoso cedeu e teve de ser interditada. "Naquele dia conseguimos autorização por telefone para fazermos os reparos", lembrou Casalinho.

PROJETOS
A Secretaria de Obras estuda o rebaixamento de parte da Avenida Pereira Barreto. A intenção é fazer o desnível da via na altura do Shopping ABC até as proximidades da Avenida Gilda. "Dentro desse estudo, vamos analisar a viabilidade técnica de executar esse rebaixamento. Constatando a possibilidade de fazer a obra, podemos adiantar que não haverá necessidade de desapropriação local", afirmou Casalinho.

Ainda na Avenida Pereira Barreto, a Prefeitura vai iniciar o levantamento do que pode ser feito para conter o talude que ameaça ceder, em frente ao Hospital Estadual Mário Covas. "Esperamos terminar o período de chuvas e agora vamos enviar geólogo para avaliar qual o melhor projeto de contenção para aquela área", falou Casalinho. Para ambas as iniciativas, a Prefeitura não possui datas e valores de investimentos definidos.

‘Todos os riscos foram bem calculados' 

De janeiro a março foi o melhor período encontrado pela Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos) de Santo André para fazer os reparos no Viaduto Adib Chammas. O titular da Pasta, Alberto Rodrigues Casalinho, explicou que antes de montar o canteiro de obras, um estudo foi feito sobre o tempo em que os serviços seriam executados.

"A possibilidade de começarmos as intervenções em dezembro também foi discutida. Mas esse é o mês em que as pessoas vêm ao Centro para fazer compras", explicou o secretário. "Todos os riscos foram muito bem calculados", garantiu o gestor.

Todos os outros viadutos do município também necessitam de reformas. E, conforme Casalinho, a escolha do Adib Chammas como o primeiro da lista também foi premeditada. "Estamos falando de um viaduto que há 14 anos não recebe manutenção. No máximo, o que era feito é trocar o asfalto, por isso efetuamos as obras."

As operações sobre o principal elevado da cidade também não poderiam ser feitas exclusivamente à noite, como acontece em projetos de outras cidades. "As juntas de dilatação foram removidas, o que impedia a passagem dos veículos, seja qual fosse o horário", explicou.

Cidade terá mais 100 agentes de trânsito 

Há mais de 20 anos o trânsito de Santo André é monitorado por pouco mais de 60 agentes. Esse grupo foi montado na década de 1990 com servidores oriundos de outras áreas da Prefeitura. Mas até o fim do ano, 100 novos funcionários vão ser incorporados ao quadro do DST (Departamento de Segurança e Trânsito).

O concurso público depende da burocracia política. Segundo o secretário adjunto de Segurança Pública Urbana e Trânsito, Claudemir José das Neves, o projeto de lei deve ser enviado nos próximos 60 dias para a Câmara. "Após a aprovação da Câmara, damos início ao concurso público. Depois, os novos agentes vão receber instrução de dois meses, antes de irem para as ruas", garantiu o secretário adjunto.

Do grupo de amarelinhos, como são popularmente conhecidos, aproximadamente 40 possuem habilitação para aplicar multas. Conforme o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) informou ao Diário, muitos desses funcionários já estão em idade avançada. Além disso, por causa do pequeno número efetivo, os funcionários sofrem maus-tratos no trânsito, e muitas vezes não conseguem coordenar o fluxo.

Durante o período em que o Viaduto Adib Chammas esteve em obras, dificilmente os amarelinhos foram vistos nos pontos de estrangulamento de trânsito. Os motoristas tiveram de contar com a própria sorte. As críticas dos condutores eram justamente a falta de agentes capazes de orientar o fluxo.

Os agentes contratados vão receber o equivalente ao salário tabelado dos atuais funcionários - R$ 1.600. Neves falou que, por ora, não existe previsão de aumento do salário-base dos servidores. "Ainda não temos previsão se a Prefeitura vai contratar mais agentes. Porém, 160 profissionais são suficientes para o tráfego que temos no município", avaliou o secretário adjunto.




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