O visual é novo, mas o Fiesta 2011 é o mesmo de sempre. Dependendo do ponto de vista, pode ser eficiente ou ultrapassado - tanto que o Fiesta mundial, produzido no México, será vendido aqui. Mas a Ford do Brasil aposta no pragmatismo do consumidor local, que ainda vê o hatch e o sedã nacionais como carros honestos e compatíveis com nosso mercado.
A montadora foi ouvir seus consumidores para saber o que mudar, já que o veículo garante 40% da receita no Brasil. Tabulados os dados, o estúdio de design em Camaçari (Bahia) remodelou a parte frontal - ponto de maior destaque na linha 2011. O formato bocão da grade trapezoidal deixou o Fiesta parecido com o Focus.
Também em maior dimensão, os faróis realçaram a frente. Com novos vincos, o capô reforçou o conceito kinetic, aquele que, na linguagem dos designers da montadora, dá a impressão de movimento mesmo quando o carro está parado.
Na traseira do sedã, a mudança seria quase imperceptível não fosse o acabamento em cromo da lanterna, que ficou muito parecida com o recurso empregado no antigo Fusion. Na versão hatch nada de translúcido.
Ambas as carrocerias ganharam nova padronagem de revestimentos. O quadro de instrumentos tem novos grafismos - com efeito 3D. O predomínio do plástico foi quebrado com revestimento de tecido nas portas.
Dirigindo o sedã 1.6 pelas arborizadas e bonitas ruas de Buenos Aires, temos de concordar com executivos da Ford quando afirmam que o comportamento dinâmico do Fiesta é referência no segmento. Com 107 cv, quando abastecido com álcool, ou 101 cv (gasolina), o motor RoCam proporciona condução rápida e segura.
O hatch 1.0 também tem lá seus atributos, mas fica muito aquém do honesto 1.6. Com seus 73 cv (álcool), ou 69 cv (gasolina), o Fiesta de 1 litro tem retomada preguiçosa.
A Ford decidiu não mudar valores na linha 2011, que continua com as versões Fly e Pulse. Os preços partem de R$ 29,9 mil na versão hatch 1.0. O hatch 1.6 custa R$ 34 mil. O sedã 1.0 começa em R$ 33.550, enquanto o sedã 1.6 tem preço inicial de R$ 37.650.
Completo, o hatch 1.0 (com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos) custa R$ 35.510. Já o Fiesta Sedan 1.6 com os mesmos itens sai por R$ 41.210. O modelo traz sete kits de equipamentos, sendo que o de segurança, composto por ABS e air bag duplo, custa R$ 2.000.
O kit Somma (ar-condicionado), custa R$ 2.800; o Neo (vidros elétricos dianteiros) sai por R$ 1.700 e o Prestige (direção hidráulica e vidros elétricos dianteiros), por R$ 3.120. Existe ainda o Class (ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros e adesivos Class), por R$ 5.250.
A Ford foi questionada se não seria mais fácil criar versões de série sem classificar os itens como kits. Para o gerente de marketing, Antonio Baltar, a medida visa atender consumidores de diferentes perfis.
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