As manifestações, que acontecem simultaneamente em centenas de cidades, contaram com maior adesão dos europeus. Em Roma (Itália), segundo dados extra-oficiais, cerca de três milhões de pessoas participaram do protesto enquanto que em Londres (Inglaterra), cerca de dois milhões saíram às ruas para demonstrar repulsa à idéia de uma ofensiva militar, de acordo com dados dos organizadores.

O alvo principal do protesto é o presidente americano George W. Bush, mas o premiê britânico Tony Blair, que apóia a idéia de guerra, não foi esquecido pelos manifestantes.

Em Berlim (Alemanha), entre 150 mil e 200 mil pessoas participam de uma grande manifestação no centro da cidade. Agitando bandeiras, os manifestantes também carregavam cartazes, com dizeres como "Não a um ataque no Iraque", "O eixo do Mal passa pelo Pentágono" ou "Schroeder não é um guerreiro de Bush".

Em Paris (França), uma extensa faixa trazia a seguinte mensagem: "Não à guerra contra o Iraque — justiça, paz, democracia no Oriente Médio e em todo o mundo" abriu a marcha, convocada por mais de 80 organizações, partidos e sindicatos.

As manifestações tiveram início em Melbourne, na Austrália. Cerca de 100 mil pessoas se reuniram para cantar slogans contra a guerra e agitar cartazes com frases pedindo paz. No Canadá, manifestantes se reuniram em Montreal, Toronto e outras grandes cidades. Em Quebec, milhares de pessoas saíram em passeata sob uma temperatura de menos 20 graus.

No Japão, cerca de 300 pessoas ocuparam as ruas de Tóquio e seguiram para a sede da embaixada dos Estados Unidos gritando palavras de ordem contra a guerra. Os manifestantes levavam cartazes com frases como "Nenhum sangue por óleo" e "Por que o Iraque?".

No Chile, cerca de três mil manifestantes se reuniram na frente do palácio presidencial de La Moneda, em Santiago, onde queimaram duas bandeiras dos Estados Unidos. "Yankees, para trás... os povos querem paz!", gritavam.

Já em Cuba, cerca de 5 mil pessoas participaram de um ato no qual oradores condenaram a "política belicista" de Bush. "Essa será uma guerra sem vencedores e com apenas um derrotado: a humanidade e seu habitat", disse o presidente do Conselho Cubano pela Paz, Orlando Fundora.

Milhões de espanhóis saíram em manifestação em todo o país. A mobilização foi superior a da greve geral nacional de 20 de junho de 2002. Somente em Barcelona, os correspondentes estimaram o número de participantes em mais de um milhão e meio de pessoas, na maior manifestação já registrada nessa cidade.