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Menor que participou de ataque começará a estudar
09/12/2005 | 23:51
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Em breve, o sonho de aprender a ler e a escrever poderá se tornar realidade para a menor L., que confessou participação no ataque ao ônibus da Linha 350. A garota, de 13 anos, começará a ser alfabetizada ainda este mês, na instituição para menores infratoras em que está internada. A intenção da direção é que L., que nunca freqüentou uma escola, faça um intensivo para poder começar o ano letivo de 2006 já com alguma intimidade com o lápis e o caderno.

L. terá aulas particulares na classe de alfabetização, já que é a única analfabeta entre as 70 internas. Seu caso é singular também por outro motivo: é a primeira garota de sua idade que chega a uma unidade do Degase (Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas) do Estado por ter cometido um crime brutal como o atentado contra o coletivo - as meninas envolvidas com crimes mais graves são mais velhas; as demais são internadas por roubo, furto ou envolvimento com drogas.

O secretário da Infância e da Juventude do Rio, Evandro Steele, que tem visitado a menor com freqüência, desde que ela foi detida, há uma semana, acredita que ela atingirá seu objetivo. "Ela tem grande potencial", afirma Steele. L. quer ser médica. Também pretende aprender a tocar flauta, com voluntários que dão aulas para as menores. "O som é muito bonito e delicado", disse ela a Steele, ao comentar a preferência pelo instrumento.




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