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Chuva no México deixa pelo menos 358 mortos
Do Diário do Grande ABC
08/10/1999 | 17:56
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As equipes de resgate que trabalham no México estao intensificando seus esforços em busca de sobreviventes das fortes tempestades que causaram enchentes na regiao Central e Sul do país em uma semana e provocaram a morte de pelo menos 358 pessoas.

Nove estados do México foram atingidos por enchentes. Apesar da intensidade das chuvas ter diminuído, o governo acredita que o número de mortos ainda deve aumentar.

Os rios da maioria das áreas devastadas pelas enchentes estao voltando a seus níveis normais, depois de dias de fortes chuvas causadas pela depressao tropical centrada no Golfo do México.

Até a madrugada desta sexta-feira, confirmou-se a morte de 170 pessoas no Estado de Puebla (oeste) - onde existem 125 desaparecidos - e de outras 50 em Veracruz (leste), com 75 desaparecidos.

Ainda em Puebla, uma pequena escola que servia de abrigo a cinqüenta pessoas foi soterrada na noite de quarta-feira por uma avalanche de lama e pedras, provocada pelas fortes chuvas que castigam a regiao. Entre as vítimas do deslizamento estao vinte crianças, uma professora e o diretor do colégio. As buscas em meio aos destorços continuam, pois ainda há a esperança de que existam sobreviventes sob os escombros.

Os Estados de Puebla e Veracruz sao os mais afetados pela inclemência do clima.

A cifra de vítimas fatais poderá aumentar pois, de acordo com estimativas extra-oficiais, o número de desaparecidos supera os cem e ainda existem várias localidades das quais nao se tem informes e nao sabem quantas pessoas podem estar soterradas pelo lodo.

Outros perigos sanitários rondam os habitantes das comunidades rurais, que, ante à escassez de alimentos, começaram a comer animais afogados pelas águas, o que pode ter sérias conseqüências para sua saúde.

A regiao mais violentamente atingida pelas chuvas é a de Sierra Norte, no estado de Puebla, onde existem localidades, como Teziutlán, onde foram retirados do lodo 160 cadáveres, enquanto que, em Tetela de Ocampo, foram resgatados 31 corpos.

Mais de 7.000 soldados e milhares de voluntários da Cruz Vermelha e particulares participam nas tarefas de resgate, mas os prefeitos de municípios afetados criticaram a demora da ajuda.

O governo ativou um programa de emergência e o ministro do Interior, Diódoro Carrasco, indicou que as autoridades estao trabalhando intensamente para superar a tragédia.




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