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Entre axé, frevo, maracatu e samba
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
31/01/2007 | 21:51
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Nem a recente onda de violência nem os preparativos para o Pan são capazes de ofuscar o Carnaval da Cidade Maravilhosa, intitulado por muitos como O Maior Espetáculo da Terra. De acordo com estimativas da RioTur, 694 mil turistas deverão visitar o município durante os dias de folia, número 28,5% superior ao esperado em 2006.

O desfile das escolas de samba do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí começam no domingo (dia 18), às 21h, com as apresentações de Estácio de Sá, Império Serrano, Mangueira, Viradouro, Mocidade Independente e Vila Isabel. No dia seguinte, será a vez de Porto da Pedra, Unidos da Tijuca, Salgueiro, Portela, Imperatriz Leopoldinense, Grande Rio e Beija-Flor exibirem seus enredos na passarela em busca do cobiçado título de campeã do Carnaval 2007.

Quem ainda não adquiriu ingresso para os desfiles encontrará opções apenas nos setores 4, 6 e 13 da arquibancada, ao custo de R$ 110.

Mas também é possível cair na folia carioca sem ter de pagar nada. Basta correr atrás de um dos diversos blocos de rua que tomam conta do Centro e dos bairros da Cidade Maravilhosa agregando adeptos e garantindo muita diversão a quem passa.

Considerados antigamente uma atração do subúrbio, os imensos cordões de foliões ganharam a Zona Sul e, hoje, proporcionam uma divertidíssima festa aos moradores de Ipanema, Leblon, Copacabana e adjacências.

Os mais tradicionais são o Cordão do Bola Preta (Centro); o Suvaco do Cristo (Jardim Botânico); o Meu Bem Volto Já (Leme); o Simpatia é Quase Amor, que arrasta centenas de transformistas e drag queens pelas ruas de Ipanema; o Galinha do Meio-Dia, que imita o Galo da Madrugada recifense – considerado o maior bloco carnavalesco do mundo – em Copacabana; o Monobloco, que sai do final da praia do Leblon fazendo um mix de percussão, MPB e samba; e o Imprensa Que Eu Gamo, formado por jornalistas no bairro de Laranjeiras, entre tantos outros espalhados por Botafogo, Tijuca e Flamengo.

O bloco da Segunda, como o próprio nome indica, ganha as ruas na segunda-feira, enquanto o Clube do Samba passa pela avenida Atlântica e o Bip-Bip faz de Copacabana uma grande passarela. O Barbas – criado por Nélson Rodrigues Filho há 22 anos – traz como diferenciais a preferência por enredos políticos e um caminhão-pipa que se encarrega de dar uma banho de água nos foliões.

O mais curioso de todos, no entanto, é o Concentra Mas Não Sai. Formado por boêmios, ele deveria partir do bar Severyna, na rua Ipiranga. Mas, como a saideira não tem hora para acabar, o bloco jamais arreda o pé, e nunca passou da “concentração”.



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