Para ajustar a produção à fraca demanda, a Ford decidiu dar folga, com desconto no banco de horas, aos cerca de 3.000 funcionários da área produtiva da fábrica do bairro Taboão, em São Bernardo, neste mês. Dos dias 9 a 19 os empregados das linhas de montagem de carros ficarão em casa, enquanto os da fabricação de caminhões terão descanso de 9 a 27.

Depois dessa parada, a montadora, que adota o PPE (Programa de Proteção ao Emprego), voltará a interromper a produção, com férias coletivas para todo o chão de fábrica dessa unidade fabril dos dias 18 de dezembro até 4 de janeiro. A fabricante reduziu, com a concordância dos trabalhadores, em 20% a jornada e os salários – sendo metade dessa diminuição, ou seja, 10% do rendimento, bancada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Do total de 4.300 funcionários (somando a área administrativa), em torno de 400, que são dos departamentos de engenharia e manutenção, não fazem parte do PPE. Os restantes, que têm salário médio de R$ 5.600, terão o rendimento reduzido para R$ 5.040, durante seis meses, a partir de janeiro. A diminuição será de um dia por semana durante 15 dias e de dois dias em uma semana no mês.

OUTRAS - Outras fabricantes também programaram férias coletivas de fim de ano. Uma delas, a Scania, vai dar folga de 36 dias: de 21 de dezembro até 25 de janeiro de 2016. É bem mais que em 2014, quando a empresa parou de 29 de dezembro a 18 de janeiro (21 dias). A montadora tem como forte a produção de caminhões pesados, que registra retração de 60% nas vendas neste ano até outubro. A Volkswagen para de 17 de dezembro a 5 de janeiro.