Nem o mundo dos Jetsons, desenho animado ambientado no próximo século, apresentaria algo melhor. No Instituto Australiano de Esportes, o centro de treinamento escolhido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para os atletas brasileiros, a tecnologia de ponta predomina. Cartoes que servem como credenciais, engenhoca acoplada à cesta de basquete, piscina com trilhos de filmagem nas laterais e microcomputadores com informaçoes sobre o instituto sao algumas das novidades.

No AIS - sigla em inglês do instituto -, os atletas brasileiros contam com uma infra-estrutura que inclui lavanderia e salao de cabeleireiro. Numa área localizada ao lado do ginásio de basquete, está o alojamento para as equipes de triatlo e boxe. No instituto, o alojamento reproduz o estilo de uma vila olímpica, onde tudo é organizado nos mínimos detalhes. Cada atleta tem uma credencial no formato de um cartao magnético. Ao entrar em cada um dos dois blocos, o atleta tem que passar o cartao numa máquina de leitura ótica e digitar uma senha. O mesmo procedimento é repetido para ter acesso à lavanderia, ao salao de beleza e à sala de musculaçao. "Nunca tinha estado num centro como esse", reconheceu o nadador Fernando Scherer, que normalmente treina nos Estados Unidos, e, no AIS, desfruta até de uma banheira de hidromassagem.

E o AIS reserva mais novidades para os atletas brasileiros. No ginásio de basquete do instituto high-tech, uma invençao rústica promete facilitar a vida das jogadoras da Seleçao Brasileira. Trata-se de uma engenhoca capaz de deixar qualquer candidato a Professor Pardal com inveja: um mecanismo com tela de arame ao redor da cesta faz com que a bola arremessada volte, através de uma túnel até as maos do jogador. Assim, o arremessador nao precisa correr atrás da bola caso ela "espirre" da cesta.

No estádio de atletismo, usado no Campeonato Mundial de 1985, a pista está em ótimas condiçoes. O piso de borracha chega a afundar um pouco conforme se anda sobre ele. O estádio conta com placar eletrônico e até cabines de tevê.