Com os valores dos pescados, moluscos e crustáceos pesando menos no bolso, a população está comprando mais esses produtos na região. Para estimular o consumo, os grandes supermercados realizam até o dia 24 a 8ª Semana do Peixe, com preços em média 20% mais baratos.
Números do Ministério da Pesca e Aquicultura mostram que o consumo de peixe entre os brasileiros subiu de sete para nove quilos em 2010. A meta é que até o ano que vem o indicador atinja 12 quilos, quantia recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
As variedades que a população mais encontrará nos estabelecimentos serão sardinha, tilápia, curvina, tainha, pacu e anchova. Nas lojas do Grupo Pão de Açúcar, a tilápia é a principal aposta. Segundo o diretor comercial, Pedro Henrique Pereira, o filé inteiro do peixe é vendido por R$ 6,99 durante o evento, desconto de 30%.
"Investimos em um centro de distribuição de pescado em São Paulo e no Rio de Janeiro, que permite a compra de navios inteiros carregados de peixe. Ao adquirir volume maior, conseguimos melhor preço com os fornecedores", afirma Pereira. Durante a Semana do Peixe, a expectativa é vender 15% a mais do que em 2010.
De acordo com o Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados, as vendas de pescados em 2010 cresceram 2%. A comercialização do produto durante a ação naquele período avançou 15,2%.
Os oito hipermercados do Carrefour no Grande ABC têm à disposição 120 tipos de pescados, como salmão, cação, filé de merluza, corvina, sardinha, anchova, pescada e camarão. A companhia não informou qual o percentual de desconto nos produtos. No concorrente Walmart, as ações também começaram nesta semana, com expectativa de aumento de 10% nas vendas.
PREÇOS - Neste ano, o preço da proteína tem se mantido estável em relação Sà carnes bovina, suína e de frango. "Há apenas um repasse natural da inflação, especialmente nos peixes produzidos em cativeiro, que gastam com ração", garante o diretor comercial do Pão de Açúcar.
Nas peixarias da região, a situação também melhorou quando comparada à Páscoa. "O tempo estável favorece a pesca em alto-mar, colaborando para aumentar a quantidade de pescado disponível no mercado", pontua o proprietário de peixaria no bairro andreense Vila Alzira, Anderson Jovedi. O preço da tilápia em seu estabelecimento, por exemplo, custa R$ 8,90.
Compra do produto fresco requer atenção
Para comprar peixe de boa qualidade é importante o consumidor estar atento a diversos detalhes. As guelras, por exemplo, que devem estar brilhantes, úmidas e com cor entre o rosa e o vermelho intenso. As escamas devem ter aparência firme, serem unidas e sem viscosidade. Os olhos devem ser brilhantes e salientes.
No caso dos moluscos e crustáceos também vale observar se existem manchas na pele ou na carapaça. Polvos e lulas devem ter a carne consistente e elástica.
Após o descongelamento, os pescados só podem ser congelados novamente se forem cozidos e preparados. No congelamento caseiro, os peixes devem ser mantidos inteiros, porém sem as vísceras. Já os camarões e lagostas devem ser congelados sem cabeça.
Nunca se deve congelar espécies diferentes em um mesmo recipiente. Ao manusear o pescado, o vendedor deve utilizar luvas descartáveis e a higiene do local de venda deve ser observada como um todo. Os peixes são alimentos perecíveis, por isso é necessário tomar cuidado com seu manuseio.
SAUDÁVEL - As gorduras encontradas nos peixes são importantes, pois são ricas em Ômega 3 e recomendadas no combate às doenças cardíacas e na redução do mau colesterol. Uma opção com alto teor ácidos graxos Ômega 3 é a sardinha, especialmente quando comprada fresca e não em conserva.
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