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Diadema diminui repasse ao Corpo de Bombeiros
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
02/07/2009 | 07:21
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Edmilson Magalhães/DGABC


O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), irá diminuir a receita oriunda da taxa de combate a sinistros ao posto de bombeiros da cidade. Com a votação e aprovação da alteração de lei complementar prevista para hoje pelos 17 vereadores, 70% agora serão destinados à manutenção da unidade - antes eram 100%. Os outros 30% ficarão para os serviços realizados pela Defesa Civil.

Segundo a Prefeitura, de janeiro a maio, foram arrecadados R$ 910.425,13 com o combate a sinistros, taxa de R$ 12,40 embutida nos carnês do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano). Até o fim do ano, os 74 mil contribuintes deverão totalizar R$ 917,6 mil, que representarão cerca de R$ 642 mil aos bombeiros e R$ 275 mil à Defesa Civil.

Durante reunião com o tenente-coronel Hamilton da Silva Coelho Filho, comandante do 8º Grupamento de Bombeiros, com sede em Santo André e que atende o Grande ABC, o chefe do Executivo justificou a diminuição do recurso porque "precisava organizar a Defesa Civil do município". A Prefeitura confirmou o encontro.

Segundo o comandante, no entanto, o prefeito teria "garantido" que os pedidos da corporação seriam atendidos. Entre as solicitações encaminhadas no início do ano, por ofício, estão: uma viatura pick-up para apoio de ocorrências e vistorias (R$ 74 mil); uma viatura UR (Unidade de Resgate) no valor de R$ 140 mil; 40 capas de incêndio (equipamento de proteção individual) e ampliação da cobertura do estacionamento para melhores condições dos veículos.

"Dessa lista, o prefeito informou que o edital para compra das 40 capas de incêndio já foi assinado", afirmou o tenente-coronel. A Prefeitura também é responsável pelo pagamento da verba de alimentação, água, luz e telefone.

Indagado sobre o investimento do Estado na corporacão, o comandante justificou ser na aquisição de viaturas de grande porte.

Os 30% da taxa de sinistro destinados para a Defesa Civil serão investidos na compra de equipamentos, segundo Marco Antonio Ernandes, o Marquinhos, ex-vereador pelo PT por dois mandatos e atual assistente da Secretaria de Defesa Social de Diadema. "O dinheiro será reestruturado para investimento em serviços, equipamentos e cursos", afirmou.

O vereador Wagner Feitoza, o Vaguinho do Conselho (PSB), garantiu a alteração da lei por unanimidade na Câmara. "A Defesa Civil de Diadema é atuante e merece nosso apoio", justificou.

Além desse projeto, os vereadores votam hoje a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para o exercício 2010.

Nenhuma emenda foi protocolada na Casa. Os vereadores, principalmente da bancada da oposição, resolveram dar um aval ao prefeito. "Não haveria razão de criar um desgaste com emendas", ressaltou Vaguinho.

O presidente da Casa, Manoel Marinho, o Maninho (PT), afirmou que a bancada petista "entendeu que o projeto do Executivo estava bom".




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