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'Este não é um seminário para diagnóstico'
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
26/02/2009 | 07:00
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Edmilson Magalhães/DGABC


 Entre os organizadores do seminário O ABC do Diálogo e do Desenvolvimento está o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Representado por Sérgio Nobre, presidente da organização, o sindicato é apontado como o motivador do encontro.

"Esse evento saiu de uma ida minha a Brasília, onde falei para o presidente Lula que faltava uma ação coordenada entre os principais personagens da crise", explica Nobre. Para ele, as interpretações iniciais da crise acabaram colocando empresariado, governo e trabalhadores em oposição. Para isso, a ideia do evento é trabalhar uma "agenda positiva" para evitar o "caminho do desastre", segundo o sindicalista.

Entre os temas a serem discutidos estão o acesso ao crédito e as iniciativas de fomento à exportação. "Também vamos falar sobre emprego, que é um tema fundamental. Discutiremos como manter os empregos e o que fazer com quem já foi demitido", lembra.

Entre as presenças ilustres, Nobre destaca que ainda luta pela presença do governador do Estado, José Serra. "A participação dele é fundamental, afinal somos um Estado de grande participação econômica no País." A participação de elementos tanto da esfera pública, quanto do empresariado e do setor sindical garante, segundo o sindicalista, a multiplicidade de visões sobre o cenário em questão. "Cada um tem avaliações muito diferenciadas da economia." Desse encontro, Nobre promete medidas efetivas. "Esse não será um seminário de diagnósticos, mas de anúncios. Queremos divulgar medidas e iniciativas a partir desse debate."

A experiência positiva vivida na crise que permeou a década de 1990, permitiu que o sindicalista trabalhasse dentro do mesmo formato, dada a importância do Grande ABC para a economia nacional. "Não estamos inventando a roda. O debate entre os setores é o caminho histórico para solução de crises", ressalta.

Apesar da presença dos sete prefeitos das cidades da região, da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, dos líderes empresariais e dos movimentos sindicais, que serão representados pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical, Nobre garante que a discussão não tomará cunho político em detrimento ao econômico. "As reuniões preparatórias têm sido produtivas. Estão todos empenhados na discussão da crise. O Grande ABC é experiente em diálogos."




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