Área de 8.000 metros quadrados em Sto.André
vai ser utilizada como incubadora de empresas
Terreno de 8.000 metros quadrados localizado no bairro Bangu, em Santo André, e que foi utilizado pela indústria química Rhodia Têxtil será integrado ao projeto do Parque Tecnológico de Santo André. A área funcionará como central administrativa do empreendimento, além de abrigar incubadoras de empresas e startups.
O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), anunciou ontem o credenciamento definitivo do projeto junto ao SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos), conforme o Diário antecipou na quarta-feira. A partir de agora, terá início a busca por recursos financeiros.
A consolidação e a gestão do empreendimento ficarão a cargo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC. “A região entrou na lógica de aperfeiçoar tecnologia e inovação. O Parque Tecnológico representa muito nesse sentido e, apesar de ser sediado em Santo André, irá beneficiar o Grande ABC como um todo”, comenta o prefeito de Mauá e presidente da Agência, Donisete Braga (PT), que reconheceu que, ao longo dos últimos anos, os gestores públicos locais não deram a atenção devida ao projeto. “Agora estamos indo atrás de recuperar o tempo perdido.”
Ainda não foi definido cronograma para execução das fases de implantação. Questionado pela imprensa, Grana ironizou o assunto e disse que os jornalistas são “ansiosos” e “apressados”. “O mais importante nós já conseguimos, que foi o credenciamento. Os prazos irão depender das parcerias que faremos e da captação de recursos”, acrescentou o prefeito de Santo André.
O petista afirmou que a administração municipal irá agendar reuniões com o vice-governador e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio França (PSB), para tentar garantir investimentos. Grana também pediu apoio aos deputados estaduais do Grande ABC para que liberem emendas parlamentares que garantam recursos para a implantação do parque.
Apenas para reforma e adequação do terreno da Rhodia, a Prefeitura estima que sejam necessários R$ 14 milhões. Até 2013, a administração municipal negociava com o Estado para que a área fosse utilizada pelo Poupatempo, o que não aconteceu em razão de problemas judiciais – o equipamento passou para o Atrium Shopping, onde funciona atualmente. Grana garante que os problemas legais já foram resolvidos. Outro impasse envolvendo a área era o fato de que o solo possuía substâncias contaminantes. Entretanto, o prefeito afirma que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) já emitiu laudo atestando a despoluição do local.
Ao todo, serão quase 230 mil metros quadrados destinados ao Parque Tecnológico. Outros dois terrenos já estão incluídos no empreendimento: um na Avenida dos Estados, próximo à divisa com Mauá, e outro no bairro Campo Grande, na região de Paranapiacaba.
Ainda serão definidos os segmentos prioritários de atuação das empresas participantes. Entretanto, segundo a vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Santo André, Oswana Fameli (PRP), quatro vocações são levadas em consideração: saúde (ciências biológicas; tecnologia da informação, química, petroquímica e plásticos; e metal-mecânica.
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