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Miaguti se mantém no bloco governista
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
19/02/2011 | 08:38
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O vereador de São Bernardo Mauro Miaguti (DEM) afirmou que se manterá na base aliada do prefeito Luiz Marinho (PT). O democrata negou que esteja sendo pressionado pela classe empresarial e por integrantes do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) da cidade para ingressar na oposição.

"Isso é balela. Pelo contrário. Tenho compromisso com o prefeito, que trabalha para manter as indústrias na cidade e atrais novos negócios. Não existe motivo para mudar o rumo desse processo", discorreu Miaguti. "Não tenho vontade de sair (do bloco governista) e o prefeito visa me manter", completou.

O acordo de aliança com o DEM foi firmado após a eleição de 2008, com aval de Gilberto Kassab, chefe do Executivo da Capital paulista e mandatário da legenda nos âmbitos municipal e estadual.

Ele pretende deixar o Democratas para se filiar em outra sigla ou criar agremiação partidária. As mudanças na direção do DEM ocorrerão dia 15.

Mas Miaguti ressalta que o quadro na cidade não muda. "As movimentações das executivas nacional e estadual não interferem", avalia o parlamentar.

A equipe do Diário apurou que houve conversas entre os integrantes do Ciesp, de maneira informal, sobre a posição do democrata na Câmara. Há certo descontentamento com a gestão petista, mas não foi deliberada qualquer exigência de saída do vereador da base de Marinho.

No início do mandato a entidade entregou ao prefeito são-bernardense pauta de reivindicações. Há morosidade para que as ações saiam do papel. Foram sugeridas melhorias nas áreas de trânsito e logística. Uma das alterações viárias no bairro Cooperativa está contemplada no Orçamento deste ano e deve ser efetivada até o fim do ano.

O DEM é o único partido com representatividade no Legislativo que se mantém no grupo do governo. Além de Miaguti, o outro vereador da legenda é Fábio Landi. Os outros aliados de Marinho são do PT. No PPS, dois dos cinco parlamentares do PSB e Estevão Camolesi (sem partido) estão no bloco de centro. Outros oito vereadores do PSB, PSDB e PMDB formam a oposição.

Contrato da merenda ainda está sob análise do TCE

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) ainda analisa o contrato de R$ 1,7 milhão para fornecimento de suco de frutas integral na merenda escolar de São Bernardo. Apenas os conselheiros Fulvio Julião Biazzi e Edgard Camargo Rodrigues deram pareceres de possível irregularidade na licitação feita em 2007, mas o caso não foi julgado pelas câmaras do tribunal.

Nas análises prévias feitas pelos juízes da entidade, foram apontadas algumas distorções que, após argumentação da Prefeitura, foram consideradas legais. Ficou apenas apontamento negativo quanto à exigência de laudo bromatológico do produto (estudo dos alimentos) antes do resultado da empresa vencedora da concorrência por menor preço.

Para o TCE, o laudo teria de ser feito somente pela primeira colocada do certame. Como foi pedido antes da finalização do processo, quatro interessadas foram desclassificadas antes da etapa final.

O secretário de Educação à época e hoje vereador, Admir Ferro (PSDB), ressalta que a Procuradoria da Prefeitura irá contestar a avaliação dos conselheiros. "Era uma regra corriqueira que fazíamos, mas mudou em 2005. Até o momento não há qualquer julgamento sobre esse contrato. O que existe é só um relatório", explica o tucano. "Houve outras observações dos conselheiros antes, que depois de explicações ficaram comprovadas de que estavam regulares. Isso deve ocorrer com esse item também", completa.




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