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Chileno é eleito novo secretário-geral da OEA
Da AFP
02/05/2005 | 16:48
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O ministro chileno do Interior, José Miguel Insulza, foi eleito secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) nesta segunda-feira. Ele recebeu os votos de 31 dos 34 países membros da entidade.

A votação teve duas abstenções e um voto em branco. Apesar de o Chile esperar que Insulza viesse a ser eleito por aclamação, o representante do governo peruano anunciou sua opção por votar em branco, após acusar o país vizinho de vender armas ao Equador durante o conflito bélico com o Peru em 1995, o que era proibido pelo então tratado de paz que obrigava o Chile a ser neutro.

"O governo do Peru não poderá acompanhar o consenso e pedimos que seja levada à frente a respectiva votação", destacou o embaixador peruano na OEA, Alberto Borea. "O Peru votará em branco para expressar clara e firme posição".

Já a Bolívia se absteve de votar devido à sua histórica exigência de um caminho para o oceano Pacífico através do Chile. "Não poderíamos apoiar uma candidatura que não leva em conta esta dolorosa situação", frisou o chanceler boliviano, Ignacio Siles.

Presume-se que a segunda abstenção na votação tenha sido a do México, cujo subsecretário para a América do Norte, Miguel Hakim, lamentou que Insulza não tenha retirado a candidatura como fez o chanceler mexicano Luis Ernesto Derbez, para favorecer a eleição de um terceiro candidato de consenso.

Na sexta-feira passada em Santiago, paralelamente a uma reunião de chanceleres de 100 países, Derbez "se pronunciou a favor da retirada de ambos os candidatos para buscar um secretário-geral que gozará de um consenso genuíno", disse Hakim.

"Esta sugestão foi rejeitada pelo Chile, por razões que somente eles poderão explicar", acrescentou o funcionário mexicano, destacando que o interesse de seu país é "conseguir o consenso no hemisfério".

Insulza e Derbez empataram cinco vezes consecutivos com 17 votos cada um na eleição realizada no dia 11 de abril. O cargo estava vago desde 15 de outubro, quando o ex-presidente costarriquenho Miguel Angel Rodríguez renunciou ao cargo menos de um mês após sua posse, devido a acusações de corrupção em seu país.




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