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Pelo menos 335 morreram em enchentes sul-africanas
Do Diário do Grande ABC
27/02/2000 | 17:53
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Subiu para 335 o número de mortos pelas enchentes este mês no Sul da Africa, depois que uma nova cheia no rio Limpopo atingiu a província moçambicana de Gaza neste domingo, causando mais mortes e devastaçao na pior enchente dos últimos 50 anos na regiao, informam as Defesas Civis de Moçambique, Africa do Sul, Zimbabwe e Botswana.

Nos últimos dias as tempestades pioraram com a passagem do ciclone Eline. Milhares estao desabrigados, correm riscos de doenças graves e precisam de ajuda em medicamentos, roupas e víveres.

A situaçao na capital de Gaza, Xai-Xai é crítica, disse o governador Eugenio Numaio para a rádio.

Os helicópteros tiveram que abandonar as operaçoes de fornecimento e abastecimento de aldeias de desabrigados para resgatar pessoas presas em telhados de casas e pontos altos, onde tentavam escapar da água.

"Se tivéssemos mais helicópteros conseguiríamos salvar mais gente, o número de mortos vai subir, nao temos como resgatar todos", disse a porta-voz do Programa de Alimentos da ONU, Michele Quintaglie, para a rádio sul-africana, 'African Broadcasting Corporation', (SABC) de Moçambique.

Moçambique é o país onde há mais mortes confirmadas, 164. O país faz um apelo por uma verba internacional de 65 milhoes de dólares para conseguir ajuda humanitária e reconstruir lares para 800 mil desabrigados das enchentes.

No Zimbabwe, o número de mortos chega a 62. Na sexta-feira 30 pessoas morreram num ônibus que foi colhido na tempestade e caiu dentro de um rio quando cruzava uma ponte perto de Nyamapanda na fronteira com Moçambique. Outros 20 passageiros ainda estao desaparecidos. Ao todo, 250 mil pessoas estao desabrigadas no país, exacerbando a pior crise econômica local em 20 anos.

Plantaçoes foram varridas muitos estoque de graos e alimentos inutilizados. As estradas ruíram. Pontes e represas nao agüentaram o volume da água. Os esforços do governo sao poucos e inadequados. A polícia na província Norte da Africa do Sul disse que o número de mortos também subiu na regiao, foram mais 27 de quarta-feira até domingo.

A Defesa Civil e as forças armadas socorrem os desabrigados e levam víveres para os locais isoladas pela água de helicóptero, disse o porta-voz da polícia Ronel Otto.

A província perdeu 55 pessoas nas chuvas torrenciais no começo deste mês. Com mais 16 mortos na província vizinha de Mpumalanga.

O presidente de Botswana, Festus Mogae, apelou por ajuda internacional neste domingo depois de visitar no sábado as áreas devastadas pelo ciclone.

Mogae disse que dez mil casas foram destruídas e que pelo menos 11 pessoas morreram em fevereiro no país em acidentes causados pelas chuvas.

Os reflexos do ciclone Eline ainda causam chuva forte no norte da Namíbia, disse o meteorologista de Pretória, Ebert Scholtz.




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