Sabe Deus quando o Museu do Trabalho e do Trabalhador, de São Bernardo, vai abrir suas portas ao público e mostrar a trajetória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Independentemente de data, o espaço já proporciona rica exposição de equívocos, que é alimentada todos os dias por grande acervo de trapalhadas e acontecimentos de difícil explicação.

O equipamento público, que ocupa área nobre no Centro da cidade, já deveria estar funcionando desde 2013. O atraso de dois anos, entretanto, parece ser o menor dos problemas. Haja vista que o canteiro de obras, abandonado desde novembro, já foi até cenário de tentativa de estupro.

O Museu do Trabalho e do Trabalhador foi idealizado pelo prefeito Luiz Marinho (PT) como um dos marcos de sua passagem pelo Paço são-bernardense. Mas, seguindo o atual roteiro, cada vez mais ganha status de elefante branco.

Apesar de já ter obtido investimento de R$ 18,8 milhões, o chefe do Executivo são-bernardense ainda quer mais verbas e solicitou aditivo de R$ 4,5 milhões ao governo federal, valor que foi negado pelo Ministério da Cultura. Todos sabemos o momento complicado que o Brasil atravessa e, certamente, há intervenções muito mais emergenciais a serem feitas ao longo deste País.

Hoje, o munícipe de São Bernardo ou de qualquer outra cidade da região que aventurar-se a conhecer o local onde o museu está sendo erguido, talvez para conferir onde está sendo aplicado o dinheiro público, corre sérios riscos. A edificação é utilizada como ponto de consumo de drogas, tem entulho e mato alto.

Para completar, ainda ocorre investigação por parte do Ministério Público Federal pela existência de laranja no quadro societário da empresa responsável pela construção.

Caro prefeito Marinho, com essa sucessão de acontecimentos estranhos ligados ao museu, vai chegar uma hora que seu padrinho político não se sentirá mais homenageado com tal obra.