Economia Titulo Após 81 dias
Servidor do INSS decide encerrar greve
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
26/09/2015 | 07:03
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Após 81 dias de greve, os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) decidiram pôr fim à paralisação. Isso é o que aponta o Comando Nacional de Greve da CNTSS/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social/Central Única dos Trabalhadores). No entanto, até o fechamento desta edição, à 0h30, a Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) ainda não confirmava a notícia, pois aguardava o término de plenária nacional em Brasília.

Segundo a nota da CUT, foi deliberado o retorno aos locais de trabalho na segunda-feira, sem a realização de atendimento ao público. A população passará a ser atendida a partir de terça. De acordo com a diretora da Fenasps Rita de Cássia Pinto, no Estado de São Paulo os servidores já haviam votado indicativo de suspensão da greve.

A respeito das ofertas feitas pelo Ministério do Planejamento, permaneceu a proposta de reajuste de 10,8%, sendo 5,5% pagos a partir de agosto de 2016 e, 5%, em janeiro de 2017.

O pedido para poder conquistar promoções a cada 12 meses, em vez de 18, foi atendido. Hoje, a cada um ano e meio é que se tem esse ganho salarial. A partir de janeiro de 2017, voltará a ser a cada ano. “Porém, o governo não quer discutir o período retroativo”, aponta Rita.

Em relação às metas de trabalho, consideradas abusivas pelos servidores, o governo propôs suspendê-las por um semestre. “O que não resolve o nosso problema. Apenas adia”, desabafa. O Ministério da Previdência confirmou a abertura de 800 vagas no concurso do INSS para este ano, mas não garantiu nada para 2016. “Estão em condições de se aposentar 10 mil profissionais. Precisaríamos da entrada de 15 mil servidores para desafogar o excesso de trabalho.”

DIAS PARADOS - Em relação aos 81 dias parados, o governo propôs a compensação desse período, em troca da devolução dos salários que deixaram de ser pagos em agosto, em virtude da paralisação. Os servidores, porém, querem repor por mutirão, e não pela compensação por horas, mas isso ainda não foi definido. “Se tivermos de dobrar a jornada, vai haver uma sucessão de licenças-saúde”, afirma. Agora, os profissionais terão de lidar com os agendamentos que não foram realizados, os que estão agendados e os que surgirem no dia a dia.

No entanto, segundo a delegada regional da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) na gerência executiva de Santo André, Lyane Teixeira, até agora a União não procurou os peritos para negociar. Eles, portanto, seguem em greve por tempo indeterminado.
 




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