Há dez anos, o cenário automotivo era outro. Chega até a nos parecer peculiar se compararmos com o que acontece hoje em dia. Realmente, meus amigos, o tempo passa – e rápido!

Podemos começar falando do comparativo (foto ao lado), que foi publicado no Diário bem no comecinho de outubro daquele ano. Na época, duas francesas (Citroën e Peugeot) disputavam espaço em um segmento que hoje está praticamente extinto: o de peruas médias topo de linha. A briga era protagonizada pelo 407 SW e o C5 Break.

Atualmente, o único modelo que chegaria perto disso é o Volkswagen Golf Variant, que nem é espartano como o Fiat Palio Weekend, mas também passa longe da esportividade do Audi RS 6 Avant, por exemplo. Lançado neste ano, o VW parte de R$ 87.490 – em 2005, 407 e C5 custavam, respectivamente, R$ 114 mil e R$ 115.080.

NOVIDADES DA ÉPOCA
O CLS 500, da Mercedes, chegou ao mercado em 2005 e seu formato de cupê, mesmo tendo quatro portas, era inovação. Hoje, a história é bem diferente.

Outra coisa interessante de lembrar: o finado Corsa, da Chevrolet, estreava sua versão 1.0 Flex no mercado. Até então, este tipo de motorização (movida por etanol e/ou gasolina) ainda era novidade para o consumidor.

Há exatos dez anos o Punto era a grande cartada da Fiat no Salão de Frankfurt, Alemanha. Seus traços europeus, motorização 1.8 e toques de tecnologia superiores aos hatches populares – e por um preço até que camarada – conquistaram o público. Tanto que, até hoje, sua cara continua praticamente a mesma. De lá para cá, apenas leves retoques no design e inclusão de versões.

MERCADO CRESCENDO
Na época, o fantasma da crise no setor automotivo estava bem distante. Demissão de funcionários em massa e queda de produção? Em 2005, não! Prova disso é que, em agosto daquele ano, a produção no Brasil havia crescido 5,8% em relação ao mês anterior. Por outro lado, conforme você leu no Diário recentemente, a queda é de 3,5% no mesmo período deste ano.