Avançaram as negociações entre os servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em greve há 72 dias, e o Ministério do Planejamento. Em reunião realizada ontem, três propostas foram feitas e serão formalizadas até amanhã.

Segundo o diretor do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) Thiago Alves, uma delas é progressão da carreira no instituto. “Normalmente, a cada 12 meses o servidor pula um estágio e tem ganho salarial. Há um tempo, porém, o governo ampliou esse intervalo para 18 meses. Queremos o retorno aos 12 meses e o reenquadramento das funções. O Planejamento propõe pagar em 2017”, conta.

Outro tópico é o adicional de 10% de insalubridade, pelo fato de lidarem com pessoas doentes, mesmo que seja no atendimento. “Nosso pleito é que todos tenham direito a esse percentual, e o governo disse que levará seis meses para fazer estudo sobre o tema.”

Por último, o reajuste foi mantido em 10,8% em duas parcelas, sendo metade em janeiro de 2016 e, a outra, em agosto de 2017. “Mantemos a posição de analisar a propostas específicas para os servidores do INSS e, então, caso compense, podemos aceitar esse aumento, e daqui a dois anos (período em que eles não podem fazer greve, devido ao acordo), negociamos de novo”, diz Alves.

Os grevistas também conseguiram nova reunião com o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, após tumulto que causaram em evento em São Bernardo na terça-feira. Serão revistas metas e condições de trabalho. A nova perspectiva é que a greve se encerre até a próxima terça, quando completará 78 dias.