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IPCA para 2016 sobe de 5,58% para 5,64%, projeta Focus
14/09/2015 | 08:59
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Depois da retirada do selo de grau de investimento do Brasil pela Standard & Poors na semana passada, a expectativa para a inflação de 2016 azedou ainda mais. Pela sexta semana consecutiva, a mediana das projeções para o IPCA do ano que vem, justamente onde está o foco de atuação do Banco Central neste momento, apresentou elevação no Relatório de Mercado Focus, subindo de 5,58% para 5,64% - há um mês, estava em 5,44%.

No Top 5 de médio prazo, grupo dos economistas que mais acertam as estimativas, o movimento foi ainda maior: a previsão saiu de 5,28% para 5,98%. Quatro semanas antes estava em 5,38%. Pesou aqui, a mudança dos participantes do grupo depois da divulgação do IPCA de agosto, mas, de qualquer forma, é possível perceber a deterioração das expectativas.

O BC promete levar a inflação para a meta de 4,5% no fim do ano que vem, mas recentemente, a autarquia vem chamando a atenção para "novos riscos" que surgiram para o comportamento dos preços. Pelos cálculos da instituição revelados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, o IPCA ficará em 4,8% em 2016 no cenário de referência e em 5,1% no de mercado. Uma nova edição desse documento será divulgada no fim deste mês.

No caso da inflação de 2015, a mediana passou de 9,29% para 9,28%. Há quatro semanas, estava em 9,32%. No RTI de junho, o BC havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado. No Top 5 de médio prazo, o BC sentiu algum alento: a mediana para o IPCA de 2015 saiu de 9,41% para 9,37%, abaixo da projeção de um mês atrás, quando estava em 9,53%.

Para a inflação de curto prazo, a projeção para setembro passou de 0,39% para 0,41% - estava em 0,40% quatro semanas atrás. Já a de outubro, seguiu em 0,47% de uma semana para outra ante taxa de 0,45% verificada há um mês. As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente também pioraram na pesquisa Focus de hoje, passando de 5,65%, onde já estavam quatro semanas antes, para 5,72%.




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