Com motor 2.0 de 150 cv e três modos de direção, Sandero R.S. une performance e preço acessível
Suspensão, pneus, freios, ajustes de dirigibilidade e de motor. Tudo é criado pela engenharia parisiense da Renault Sport – tradução da sigla R.S., usada pela marca em modelos de alta performance. Agora, pela primeira vez, tudo isso foi trazido para a fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. A ideia? Criar o novíssimo Sandero R.S., que acaba de chegar às lojas por R$ 58.880, provando que esportividade não precisa custar caro.
É isso aí. Em tempos de carros maquiados, a marca francesa foge à regra e resolve trazer um esportivo de verdade. Além do design (que falaremos daqui a pouco) seu principal trunfo é o motor 2.0 16V de 150 cv e alimentação bicombustível.
Bingo para quem palpitou que esse é o bloco usado pelo Duster. Mas aqui a história é outra. Entre suas características, 20% de aumento do coletor de admissão e, na hora de expelir os gases, um escapamento todo novo. Tem silencioso esportivo e saída dupla.
Pela primeira vez na gama Sandero foi introduzido o câmbio manual de seis marchas. Isso resulta em relações mais curtas e retomadas mais ágeis. Em ladeiras, nada de sufoco, mesmo porque o torque de 20,9 mkgf (a 4.000 rpm) faz a morosidade passar longe.
Em números, a Renault afirma um 0 a 100 km/h em 8 segundos e 202 km/h de velocidade final.
Na pista (dirigimos o modelo no autódromo Velo Città) a melhora em relação à versão convencional é ainda mais evidente. Mérito também do centro de gravidade 26 milímetros mais baixo e das suspensões com molas 92% mais rígidas na frente (atrás, são 10%). Sacolejo em curva está fora de cogitação.
Tecnologias como direção eletro-hidráulica (que se ajusta de acordo com a velocidade) e freios antitravamento (discos nas quatro rodas) com ESP e ASR denotam a preocupação com a esportividade.
Mas nada supera os três modos de direção disponíveis – selecionáveis por meio de toque num botão no painel – que permite a revisão do mapeamento do motor e mais leveza no pedal quando no modo ‘Sport’. No ‘Sport +’, a condução é totalmente esportiva, porém, sem os controles de estabilidade e de tração.
DESIGN
Logo de cara esse Sandero se apresenta como R.S., com logo específico acoplado à grade. No mais, luzes em LED no lugar dos faróis de neblina, retrovisores pintados em preto, para-choque esportivo, lanternas escurecidas e rodas negras com 16 polegadas. O modelo de 17” que você vê nas fotos é opcional e custa R$ 1.000.
Na parte de dentro predominam as cores preta e vermelha – há pouco espaço para o cinza. Apesar do acabamento abusar do uso de plástico, ponto para o volante exclusivo, que é 10 milímetros menor que o convencional.
E, como o carro não é só para as pistas, nada de deixar tecnologias como o Media NAV (sistema de entretenimento com navegação embutida), sensor traseiro e ar-condicionado automático de fora.
Mesmo com o mercado em recessão, a Renault (que cresceu 0,2% entre 2014 e 2015) está otimista e aposta no emplacamento de 200 unidades por mês. “Se a demanda for maior, nós ajustamos”, enfatiza Bruno Hohmann, que é diretor de marketing da Renault do Brasil.
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