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Palestinos e israelenses concluem negociações
Do Diário OnLine
Com Agências
27/01/2001 | 18:33
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Negociadores israelenses e palestinos terminaram neste sábado a rodada de cinco dias de negociações de paz que estavam acontecendo em Taba, no Egito. As partes não apresentaram nenhuma conclusão, mas garantem que nunca estiveram tão perto de um acordo de paz, que pode acontecer depois das eleições de Israel, em 6 de fevereiro.

O ministro do exterior de Israel, Shlomo Ben Ami, e o negociador palestino Ahmed Qorei divulgaram estas informações em um comunicado conjunto, lido em um resort em Taba. No anúncio, eles afirmam que chegaram a plataformas comuns, de onde podem partir para acordos de pacificação.

Estas conclusões devem ser alcançadas depois das eleições para o cargo de primeiro-ministro em Israel, para o qual concorrem o atual premiê, Ehud Barak, e o líder direitista Ariel Sharon.

Yasser Arafat— O presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, considerou que a paz não será possível no caso de vitória do candidato da direita, Ariel Sharon, nas eleições para primeiro-ministro de Israel, em uma entrevista publicada neste sábado pelo jornal italiano La Repubblica.

“Não acho que haverá uma verdadeira guerra, mas Sharon provocará uma escalada no conflito. Com ele no poder, não conseguiremos a paz. No entanto, também não a alcançaremos com o primeiro-ministro Ehud Barak” disse, denunciando um 'acordo secreto' entre Barak e Sharon para formar um Governo de unidade nacional depois das eleições.

Quanto ao papel dos Estados Unidos no processo de paz, Arafat considerou que o novo presidente republicano George W. Bush necessita de tempo para colocar em andamento sua nova administração. “Devido a este vazio, a intervenção da União Européia será mais necessária do que nunca. Os palestinos devem muito à União por sua ajuda econômica, mas gostaria de uma maior contribuição política à paz por parte da Europa”, afirmou.

“Em quatro meses, os israelenses nos colocaram de joelhos, arrasaram nosso povo, nossa economia, nossa vida. Quanto tempo isso pode durar? Quanto tempo passará antes do mundo intervir e dizer 'basta'?”, questionou.




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