O ataque, que envolveu foguetes antitanque e armas automáticas, ocorreu às 8h30 (3h30 em Brasília) e durou 25 minutos. Um edifício das Forças de Defesa Civil Iraquianas (ICDC), que auxiliam a polícia, foi atacado quase simultaneamente ao atentado na delegacia.

O diretor do hospital de Fallujah, Abdel Wahab al Lusi, disse que as vítimas são 14 policiais, cinco civis e quatro agressores. Segundo o tenente de polícia Raed Hussein, dois dos responsáveis pelo ataque são libaneses.

"Cerca de 15 assaltantes atacaram a delegacia de polícia com foguetes, obuses e armas automáticas e depois entraram e libertaram 22 prisioneiros", relatou o delegado de polícia Hakim al Khumaili.

O delegado Ahmad Ismail relatou que os 22 prisioneiros libertados no atentado à delegacia de Fallujah são "prisioneiros de direito comum implicados em vários delitos". "O papel da polícia não é prender resistentes nem os que realizam esse tipo de ação (atentados). Isso é trabalho dos americanos", destacou.

O ataque ao quartel da ICDC também foi intenso, segundo relato do dirigente Doreib Salah Hamed. "Cerca de 40 assaltantes encapuzados chegaram numa dezena de veículos e atacaram simultaneamente o nosso edifício e o da polícia." Hamed revelou que não foi registrada qualquer vítima entre os membros das ICDC. "Reagimos e conseguimos matar dois assaltantes e ferir outro."

Tensão - O estado de alerta é máximo na cidade, onde policiais uniformizados e em trajes civis revistam a área junto com membros das forças de segurança.

Este foi o terceiro ataque em uma semana realizado pela guerrilha contra as forças de segurança criadas pela coalizão dirigida pelos Estados Unidos. Na terça-feira, um atentado suicida em frente a uma delegacia de polícia em Iskandariya, ao sul de Bagdá, causou 55 mortos. Na quarta-feira, um carro-bomba explodiu em frente a um centro de alistamento do novo exército em Bagdá, com um balanço de 47 mortos.