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Ativistas do Greenpeace entram em central nuclear de Paris
Da EFE
04/12/2003 | 11:38
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Cerca de 60 ativistas do grupo ambientalista Greenpeace entraram nesta quinta-feira na central nuclear de Penly, em Paris, para protestar contra a construção do reator nuclear de nova geração EPR.

O grupo elétrico francês Eléctricité de France se mostrou indignado com a ação e lamentou que o "Greenpeace prefira as ações espetaculares e de força que um debate democrático sobre um projeto tão essencial para o futuro energético de nosso país".

Os ativistas do Greenpeace pediram, por sua vez, que a EDF que não lhes "imponha um novo reator nuclear mas escute a vontade européia, preferindo a via das energias renováveis".

Sob o lema de "nada de EPR, mas vento!", a operação surpresa do Greenpeace consistiu em colocar uma dezena de réplicas de antenas eólicas, de 4 metros de altura, na praia que margeia a central nuclear de Penly, e na colocação de uma banderola com a citada frase no edifício principal do reator.

O Greenpeace exigiu que a EDF invista os 3 bilhões de euros necessários para a construção do EPR em antenas eólicas. "O EPR é um projeto completamente superado que o lobby nuclear francês tenta impor na Finlândia e na França", declarou Kaisa Hoseonen, do Greenpeace da Finlândia.

Esse reator é "do final dos anos 80 e não traz melhoras significativas em nível de segurança: nem sequer foi concebido para resistir à queda de um avião e complica ainda mais a gestão de desfeitos ao generalizar o uso do plutônio", disse Hoseonen.

Segundo o Greenpeace, o projeto põe em perigo o desenvolvimento de energias renováveis na França e nos países europeus cujas companhias elétricas vão importar a energia excedente.

Atualmente, há 34 reatores na França com uma potência de 900 megawatts cada um, 20 de 1.300 megawatts e 4 de 1.450 megawatts, que entraram em serviço desde 1977 — sobre tudo nos anos 80 — e que se baseiam em protótipos projetados nos anos 50 e 60.




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