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Dieese: trabalhador aumenta poder de compra da cesta básica
Do Diário OnLine
Com Agências
21/11/2005 | 18:03
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Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio econômicos) divulgados nesta segunda-feira revelam que o trabalhador que ganha um salário mínimo na cidade de São Paulo pôde comprar mais carne, leite, feijão, arroz, pão, e também cimento nos últimos três anos.

A pesquisa aponta que houve aumento de mais de 20% do poder aquisitivo em relação à carne (23%), ao leite (21%), ao feijão (25%), ao pão (26%) e ao arroz (38%). O que significa que em setembro deste ano, o trabalhador pôde levar seis quilos de carne, 19 de feijão, 66 de arroz, 12 de pão e 36 litros de leite a mais do que levava para casa no mesmo período de 2002.

Em setembro de 2005, para comprar um quilo de carne eram necessários R$ 8,35 contra R$ 6,85 em 2002. Um litro de leite, que há três anos custava R$ 1,17 passou para R$ 1,45. Segundo a Assessoria Especial da Presidência da República, apesar de os o preço dos alimentos terem aumentado, eles ficaram abaixo da inflação corrente, o que possibilitou o aumento do poder de compra do trabalhador paulista e daqueles que vivem nas outras capitais em que o Dieese realiza a pesquisa da cesta básica.

O cimento foi o único item pesquisado cujo preço sofreu deflação. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para adquirir um saco de 50 quilos cimento em janeiro de 2003 gastava-se R$ 18,50. Em agosto de 2005, o preço caiu para R$ 17,20. A queda representa aumento 68% no poder de compra do trabalhador que recebe salário mínimo.

Os dados foram comparados pela Assessoria Especial da Presidência da República, que avaliou a variação do poder aquisitivo do salário mínimo em relação a itens da cesta básica entre setembro de 2002 e setembro de 2005. Segundo a assessoria, o aumento do poder aquisitivo se deve, em primeiro lugar, ao reajuste acima da inflação do vencimento no período. Desde 2002 até este ano houve um aumento nominal de 50%. O mínimo, que era de R$ 200, foi para R$ 300.

Descontada a inflação, houve reajuste real de 3,2%, em 2004, e de 7,9% em 2005. A inflação levada em consideração é a do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE.




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