A polícia do Rio encontrou fragmentos de ossos carbonizados nesta segunda-feira na favela e há suspeitas de que sejam do jornalista, de 51 anos. Será realizado um exame de DNA, cujo resultado deve sair em uma semana.
O jornalista foi ao local depois que a TV Globo recebeu denúncia de moradores da Penha sobre um baile funk onde havia consumo de drogas e sexo explícito, inclusive envolvendo menores de idade.
Segundo a emissora, Lopes é um de seus repórteres mais premiados. A série de três reportagens "Feira de Drogas" exibida em agosto do ano passado no Jornal Nacional lhe rendeu o Prêmio Esso Especial de Telejornalismo. Gravadas com uma câmera escondida, imagens mostraram jovens oferecendo e anunciando vários tipos de drogas livremente pela movimentada rua da Favela da Grota, no Complexo do Alemão.
A polícia trabalha com a hipótese de vingança, já que o Complexo do Alemão fica perto da Vila do Cruzeiro. As duas favelas são dominadas pelo traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, ligado à facção c criminosa Comando Vermelho (CV), um dos dez bandidos mais procurados do Rio.
A Globo informou a polícia que o repórter foi deixado no domingo por um motorista da emissora na Avenida Nossa Senhora da Penha, perto de um dos acessos à Vila do Cruzeiro. Lopes voltaria para o carro às 20h, mas resolveu ficar mais tempo para continuar a levantar as informações necessárias. Ele disse ao motorista que voltaria às 22h, mas não apareceu.
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