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Produção de carros tem queda de 9,1%
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
08/10/2010 | 07:41
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Celso Luiz/DGABC


Depois de dois meses de expansão, a indústria automobilística apresentou queda de 9,1% na produção em setembro frente a agosto, em parte como reflexo da retração nas vendas tanto no Brasil quanto no Exterior.

Foram 308,1 mil unidades (de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) fabricadas no mês passado, de acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Segundo o levantamento da associação das montadoras, as vendas do setor no mercado interno tiveram ligeira queda, de 1,8% em setembro, ao totalizarem 307 mil veículos comercializados. As exportações também se reduziram (3%) no mês, para o total de 71 mil unidades enviadas a outros países.

O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, relativizou o desempenho da produção mensal, considerando ajuste momentâneo de estoques. E classificou a diminuição das encomendas ao Exterior como algo pontual. Para ele, o efeito cambial - o dólar chegou a R$ 1,67 nesta semana, menor cotação desde novembro de 2008 - prejudica a competitividade do produto nacional, mas ainda não refletiu nos resultados. Em relação às vendas no País, o dirigente lembrou que, pela média diária (contando os dias úteis), setembro teve crescimento de 2,8%. Isso porque o mês passado teve 21 dias úteis, contra 22 em agosto.

ACUMULADO
De janeiro a setembro deste ano, a indústria automobilística brasileira ampliou o volume exportado em relação ao mesmo período de 2009. Em valores, houve expansão de 62,5% (US$ 9,2 bilhões com as encomendas ao Exterior) e, em unidades, o crescimento é de 76,3% (569,5 mil veículos negociados). Por conta desses números expressivos, a associação divulgou ontem que revisou para cima suas projeções para o ano todo, tanto de produção total, quanto de vendas a outros países.

A entidade calcula agora que será possível fabricar 3,6 milhões de unidades, 13,1% mais do que em 2009. E desse total, 750 mil veículos deverão ser exportados (57,9% mais do que no ano passado). A receita obtida com negócios no mercado internacional deverá alcançar US$ 12,8 bilhões, alta de 54%.

EMPREGOS
O emprego continua em alta nas montadoras, que geraram 768 postos de trabalho em setembro frente a agosto. Foi o 15º mês seguido de ampliação do saldo de vagas no setor. O segmento (incluindo a área de máquinas agrícolas) tem hoje 134.026 empregos, melhor marca desde 1991. No entanto, Belini ressalta que antigamente o sistema de logística era diferente. Além disso, houve durante a década de 1990 amplo processo de terceirização de atividades na indústria.




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