A delegada titular da 24ª Delegacia de Polícia (Piedade), Danielle Christine Bessa Neto, responsável pela investigação do caso do chinês naturalizado brasileiro Chan Kim Chang até agora, mudou o titulo do inquérito policial nesta sexta-feira. Com a morte do comerciante, o processo passou a ser de ‘tortura seguida de morte’, e não mais de ‘dano ao patrimônio público’.

Assim, a partir desta sexta, o processo é de responsabilidade da Delegacia de Homicídios e será comandado pelo delegado Marcelo Fernandes. O chefe de Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, ao anunciar a transferência do inquérito, afirmou que a governadora Rosinha Matheus determinou que o delegado peça a prisão preventiva dos agentes que estavam de plantão no dia em que Chang foi torturado.

Inícios apontam que Chan Kim Chang, 46 anos, pode ter sido torturado no interior do Presídio Ary Franco, no Rio. Ele foi preso por tentar embarcar para os Estados Unidos com US$ 30 mil não declarados à Receita Federal na semana passada e encaminhado ao local. Agentes penitenciários, porém, alegam que ele se autoflagelou e teria se ferido durante um ataque nervoso. Chang morreu nesta quinta à noite, após ficar dias em coma.