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NC² vai produzir caminhões no Brasil
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
09/02/2010 | 07:00
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Divulgação


O segmento brasileiro de caminhões terá um novo participante em breve. A NC², empresa criada em setembro do ano passado pela parceria entre a Navistar e a Caterpillar, confirmou que vai iniciar a produção e a comercialização no Brasil.

Informações mais detalhadas desse projeto deverão ser divulgadas apenas em março, mas especialistas avaliam que vários fatores tornam atrativo o mercado nacional, despertando o interesse de mais competidores.

A consultora Tereza Maria Fernandez Dias da Silva, da MB Associados, observa que a idade da frota no País é elevada (17 anos e meio) e 80% do transporte de cargas é rodoviário. Além disso, a atividade, embora tenha se retraído 11,5% no ano passado (quando foram comercializados 109 mil unidades de veículos), tem muito potencial de crescimento. Ela projeta expansão de 39,6% neste ano.

Outro especialista, Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive, concorda que há boas perspectivas, em função do ano eleitoral e, nos próximos anos, por conta das obras necessárias de infraestrutura e logística e devido à Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

Ele acrescenta que os programas de inspeção veicular também devem forçar os transportadores a renovarem a frota mais rapidamente.

INGRESSO - Garbossa cita ainda que a NC² chega com a ‘bagagem' de mercado das empresas parceiras. A Navistar é líder na fabricação de veículos de carga nos Estados Unidos e já teve produção de caminhões no Brasil, com a marca International - de 1998 a 2002 -, e ainda fabrica motores a diesel - é dona da MWM, que tem unidade em Canoas (RS).

E a Caterpillar, que já atua no País, lidera na produção de equipamentos pesados e tem faturamento mundial de US$ 32 bilhões ao ano.

"Diferentemente algumas marcas chinesas, a NC² tem poder para competir", avalia Tereza.

No entanto, grandes montadoras instaladas no Grande ABC, como a Ford, Mercedes-Benz e Scania, a princípio, não teriam motivos para se preocupar, segundo os especialistas. "Há espaço para mais competidor", afirma a consultora. "Essas marcas estão consolidadas. Leva tempo (para crescer no mercado)", acrescenta o diretor da ADK Automotive.




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