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Garotinho ataca todos os adversários em entrevista
Do Diário OnLine
11/09/2002 | 14:42
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O candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho, atirou para todos os lados em sabatina promovida pelo jornal O Globo, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira. Ele criticou os seus três principais candidatos na sucessão presidencial, afirmando que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem experiência, que José Serra (PSDB) é um candidato “extraterreno” e que Ciro Gomes é desequlibrado. O presidenciável do PSB considera-se como a melhor opção para ocupar o cargo de Fernando Henrique Cardoso.

Logo no início da entrevista, Garotinho afirmou que é preciso equilíbrio para governar o país, numa crítica velada a Ciro Gomes, que, durante a campanha, é chamado de “destemperado” com freqüência. “Sou equilibrado e trago alternativas próprias de crescimento para o país”, afirmou.

Mais tarde, foi a vez do presidenciável alfinetar Lula. “Acredito que o Brasil precise de um presidente que tenha uma experiência. Primeiro, tenho 42 anos de idade e 20 de vida pública bem sucedida, tanto na esfera municipal quanto estadual. Fui prefeito, deputado, secretário de Agricultura e governador do segundo maior estado do país”, disse.

A partir daí, partiu para o ataque. "O Lula diz que acumulou experiência. Como experiência? Experiência de ser candidato? Qual é a experiência dele?", questionou o candidato. Essa é a quarta candidatura de Lula à Presidência.

Depois, foi a vez de José Serra, que assumiu o segundo lugar nas pesquisas, tomar o lugar do alvo. “O Serra parece um candidato extraterreno, porque promete fazer tudo que o governo dele não fez. Ele não é candidato dele próprio”, afirmou.

Durante a sabatina, Garotinho foi questionado sobre sua posição com os organismos internacionais, caso seja eleito. No caso do Fundo Monetário Internacional, ele disse que dirá não à instituição "da mesma maneira que disse não ao ministro Malan (referindo à renegociação da dívida do Estado do Rio com a União quando era governador)".

Para ele, as empresas americanas que têm capital no Brasil seriam prejudicadas em caso de uma grande crise no país e, por essa razão, elas cederiam aos apelos do governo. "Você acha que o governo americano ou alguém no mundo quer uma crise no Brasil? Ninguém quer", disse.

Questionado sobre como promoverá o aumento do mínimo para R$ 280, Garotinho afirmou que ele será feito com uma redução gradual da taxa de juros, o que diminuiria o impacto na amortização da dívida interna. Para ele, “a política é quem determina a economia, que não pode ficar refém do pessimismo dos economistas”.




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