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Termina manifestação dos
metalúrgicos na Anchieta
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
08/07/2011 | 08:15
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Terminou por volta das 10h45 desta sexta-feira o protesto promovido por 15 mil trabalhadores de montadoras, autopeças e demais segmentos da indústria. Eles partiram da portaria principal da Mercedes-Benz (Avenida Alfred Jurzykowski, 562, na Vila Paulicéia, em São Bernardo - km 15,5) e, desde as 9h30, estavam concentrados na altura do km 12,5 da Via Anchieta.

Os manifestantes já começaram a se dispersar para que a pista marginal, que estava bloqueada, possa ser reaberta. A paralisação provocou reflexo no trânsito da via, que chegou a registrar congestionamento entre o km 10 e o km 13, segundo a Ecovias, concessionária responsável.

A categoria pretendia chamar a atenção para o crescimento das importações de veículos e de outras peças industriais. O objetivo era alertar a sociedade civil para a desindustrialização que está ocorrendo no País e que deixou de gerar mais de 100 mil vagas no último ano. O evento foi promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à Central Única dos Trabalhadores, e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da Força Sindical.

Sem tumulto - A mobilização ocorreu de forma pacífica e foi acompanhada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e policiais rodoviários. Equipes da Polícia Militar montaram um esquema especial por toda a via, com a presença de 261 homens, divididos em 68 viaturas e 38 motos. Não houve tumulto.

Ação - Na noite de ontem, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo proibiu a interdição da Anchieta. Por conta dessa liminar, impetrada pela Ecovias, os manifestantes estavam proibidos de realizar protesto sob pena de multa de R$ 1 milhão por dia.

Pela decisão do TJ, ocupações nas vias, faixas de rolamento, acessos, acostamentos, pontes, viadutos ou qualquer área de edificações, o que inclui praças de pedágio, estavam proibidas.

Segundo Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a categoria não deixaria de manifestar por causa dessa ameaça e caso a multa seja aplicada, os manifestantes tentarão negociar e garantir o direito de liberdade de expressão.

Nobre contou ontem que a categoria pede audiência com a presidente Dilma Rousseff para apresentar os problemas enfrentados pelo setor e para a entrega de documento com as seguintes reivindicações: investimentos em tecnologia e inovação, medidas para inibir as importações, redução de juros, investimento em qualificação profissional e outras ações que fortaleçam a produção nacional e os empregos.




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