O dentista Jarbas Ferreira Teles, suspeito de ser um dos mandantes da morte do prefeito de Igarapava, na regiao de Ribeirao Preto, Gilberto Soares dos Santos, o Giriri, apresentou-se nesta sexta-feira no Fórum da cidade e ficou detido no Quartel da Polícia Militar. Ele estava foragido desde janeiro, quando a Justiça decretou sua prisao preventiva. Outros três acusados - o ex-presidente da Câmara Cláudio Angelo (PL), o chefe de gabinete do atual prefeito Néder Cagliari e o funcionário do almoxarifado da prefeitura Ronaldo Gobbi - continuam foragidos. Durante o processo, 11 pessoas já foram presas.

O juiz de Igarapava, Humberto Aparecido da Rocha, ouviu Teles e o advogado do acusado entrou com algumas apelaçoes que devem ser julgadas nos próximos dias. Os outros acusados tentaram negociar o retorno à cidade, pedindo prisao domiciliar, mas a Justiça nao aceitou a proposta.

Os quatro últimos suspeitos de participaçao na morte de Santos, ocorrida na madrugada de 10 de outubro de 1998, com 11 tiros, foram delatados pelo enfermeiro Adnílson Soares da Silva, que teria ficado com cerca de R$ 10 mil referentes ao crime. O empresário Fued Maluf e o empreiteiro Eurípedes Barcelos sao outros acusados como mandantes, presos poucos dias após a chacina contra Santos, que foi retirado de sua casa e levado à beira de uma rodovia, em Aramina.

Outros participantes também foram detidos, inclusive dois menores. Nove estao presos na Cadeia de Casa Branca. O adolescente A.A.D., o Dô, que teria feito os disparos contra Santos, foi preso três vezes desde entao. A última foi no último domingo, em Ribeirao Preto.

Ele acusou o atual prefeito, Sergio Augusto de Freitas, de ser um dos mandantes do crime. Como prefeito, Freitas, que nega participaçao no crime, tem foro privilegiado e está sendo investigado, em sigilo, pela Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Sao Paulo.