Uma chacina, na madrugada de neste domingo abalou a populaçao de Guarujá, na Baixada Santista (SP). Quatro pessoas morreram e mais seis foram feridas à bala num bar localizado à Rua Sílvio Fernandes Lopes, 270, no Distrito de Vicente de Carvalho. De acordo com a polícia, quatro homens encapuzados desceram em frente do estabelecimento de um automóvel preto Gol, por volta das 4 horas, sacaram os revólveres e começaram a atirar contra os freqüentadores. Logo após fugiram, sem deixar pista. Os disparos feriram um rapaz que passava pela calçada.

Morreram no local Fábio da Conceiçao Leite, de 16 anos, Erinaldo Gomes da Silva, de 32, e Simone Oliveira Mandone, de 23. As demais vítimas foram levadas para o Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho e, posteriormente, removidas para o Hospital Santo Amaro. Lá, Andréa Ribeiro de Oliveira (sem documentos) morreu na sala de emergência, às 8h30, em conseqüência dos tiros que recebeu na cabeça e nas nádegas, enquanto Ricardo Correia Dias, de 20 anos, foi levado em estado grave para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele foi alvejado na cabeça, nuca, costas e, até neste domingo à tarde, permanecia na UTI.

Segundo o delegado Luiz Evandro de Medeiros, plantonista do Distrito-Sede, o local da chacina "é conhecido ponto de tráfico de drogas, onde já foram efetuadas várias prisoes em flagrante". Revelou ainda que a última delas ocorreu há dez dias.

Ele acredita que os atiradores façam parte de uma facçao do tráfico porque as vítimas estao dando informaçoes conflitantes para nao incriminar os responsáveis. "Isso está dificultando a açao da polícia para chegar aos homicidas", enfatiza Medeiros.

As demais vítimas: Juarez Rodrigues Machado, de 29 anos, Claudy Alves Germano, de 20, Antonio Carlos de Jesus, de 28, Reginaldo de Oliveira, de 35, e Douglas Andrade de Oliveira, de 27. Eles estao em estado de saúde regular, na ala comum do Hospital Santo Amaro.

De acordo com moradores daquela área de Vicente de Carvalho, esta nao é a primeira ocorrência do gênero. Eles lembram que há aproximadamente três meses seis pessoas foram baleadas, entre elas um menino de 15 anos, que morreu. Eles afirmam ser comum a ocorrência de assaltos e venda de drogas, principalmente, durante a noite.