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Comandante do Hamas é morto por Israel na Cisjordânia
Do Diário OnLine
Com AFP
05/09/2003 | 15:30
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Um comandante do grupo radical islâmico Hamas - identificado como Mohammed al-Hanbali, líder local do braço armado do grupo, as Brigadas de Ezzedine al-Qassam - foi morto durante uma operação de tropas israelenses na cidade de Nablus, norte da Cisjordânia, na madrugada desta sexta-feira. Um soldado israelense também morreu e quatro outros militares ficaram feridos na ação, que cercou um prédio no bairro de Al-Mahchiah, onde estavam alguns palestinos armados.

O corpo da vítima foi colocado na rua pelos militares, segundo fontes. Segundo teriam relatado soldados para a Agência France Presse, foi encontrado um fuzil Kalashnikov e um revólver ao lado do corpo.

Três fortes explosões foram sentidas em Al-Mahchiah após a chegada das forças israelenses, que entraram no bairro com cerca de 20 jipes e blindados de transporte de tropas. O edifício invadido, de sete andares, ficou completamente destruído, deixando cerca de 28 famílias desabrigadas.

Um porta-voz militar do exército hebreu confirmou a troca de tiros em Nablus, indicado que uma unidade entrou na cidade para prender palestinos procurados por ataques anti-israelenses e encontrou "forte resistência".

O porta-voz revelou que granadas foram lançadas contra as tropas israelenses, mas não informou se há vítimas entre os militares que participaram da operação.

Vingança - Após a morte de Al-Hanbali, o Hamas prometeu vingança a Israel. Durante uma manifestação no campo de refugiados de Jabaliya, ao norte da Faixa de Gaza, um ativista do grupo prometeu à multidão que o movimento radical vai se vingar da morte.

Cerca de 3 mil simpatizantes do Hamas participaram da manifestação para protestar contra os assassinatos de vários ativistas pelo exército israelense nas últimas semanas. "A hora não é de trégua nem de negociações. Nossos combatentes devem fazer tremer a entidade sionista", disse o ativista.

Doze ativistas do Hamas, entre eles dirigentes de primeira linha, morreram em operações do exército israelense desde o último dia 21, após um sangrento atentado suicida em Jerusalém, em 19 de agosto, reivindicado por esse movimento.

Tensão - O confronto em Nablus pode aumentar mais ainda o clima de tensão entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), e piorar a queda-de-braço que vem sendo travada entre o presidente da Palestina, Yasser Arafat, e o primeiro-ministro Mahmoud Abbas (Abu Mazen). Os dois líderes não estariam se entendo sobre quem deve gerir as forças de segurança palestinas.

Nesta quinta-feira, em um discurso no Parlamento, Abbas admitiu a existência da disputa e fez um apelo para que os parlamentares o apóiem. "Dêem-me a possibilidade de um apoio forte para exercer (o mandato) ou vocês podem tirá-lo de mim", afirmou Abbas. Apesar disso, Abbas também pediu em seu discurso que os Estados Unidos deixem de boicotar Arafat nas negociações de paz, como vêm fazendo.




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