Entre os 25 aviões que serão aposentados estão os dois que fizeram pousos forçados no dia 30 de agosto em Birigüi e Campinas, no interior de São Paulo. As duas aeronaves tiveram problemas mecânicos. Na semana passada, mais dois problemas: na segunda-feira, um Fokker não decolou de Corumbá (MS) por apresentar falhas em uma das portas; dois dias depois, um piloto decidiu pousar em Pelotas (RS) por desconfiar do barulho que uma das turbinas apresentava.
Esses últimos incidentes fizeram com que a TAM adiantasse o plano de trocar toda sua frota de 50 Fokker 100 por jatos Airbus em um prazo de cinco anos. A companhia é a segunda maior operadora de aeronaves desse modelo no mundo.
De acordo com o que disse ao Fantástico o Comandante Rocky, chefe de segurança de vôo da TAM, o problema é de exposição. "A TAM é a empresa que tem o maior número de decolagens por dia de Fokker 100 no mundo. A aeronave que decola e pousa mais tem, estatisticamente, uma exposição maior a ocorrências anormais, a eventos anormais".
O vice-presidente Amparo foi lacônico ao responder ao questionamento do Fantástico, de que não seria melhor reduzir o número de pousos e decolagens. "Bom, você vai dizer o seguinte: então é melhor não entrar no elevador porque até o elevador tem uma estatística de segurança". A maior tragédia com um Fokker 100 no Brasil foi em 1996, em São Paulo, logo depois da decolagem: 99 mortos e famílias desamparadas.
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