As convenções partidárias do PSDB, PMDB, DEM e PPS, realizadas no fim de semana, definiram boa parte das principais candidaturas a deputado federal e estadual em São Bernardo. A principal aresta estava nas mãos dos peemedebistas, mas não foi aparada.

Pelo partido, os dois vereadores eleitos, Tunico Vieira e Gilberto França, disputarão vaga na Assembleia Legislativa. Para a Câmara Federal, Vanderlei Joeli, presidente municipal da sigla e chefe de gabinete de Tunico, será o representante da legenda na urna.

Apesar de não ser a conjuntura ideal, Tunico minimiza a situação. Avalia que a candidatura de Gilberto "só ajuda o partido". "Não há choque. Se ele me apoiasse seria bom para mim, mas temos que pensar no partido. Ficaria magoado se ele não fosse candidato e não apoiasse alguém do PMDB", avaliou o parlamentar, que também será coordenador da campanha de Michel Temer (PMDB), pleiteante a vice-presidente na chapa encabeçada pela petista Dilma Rousseff.

O peemedebista estará no Grande ABC dia 24 "em visita institucional", segundo Tunico, e deve visitar o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). "Quero deixar claro que continuo com meu mandato independente", salienta o vereador, que integra o grupo de oposição.

OUTROS PARTIDOS - O PSDB também terá dois candidatos a deputado estadual. Orlando Morando tentará a reeleição, enquanto o vereador Admir Ferro buscará cadeira na Assembleia. "Não vejo problema em duas candidaturas tucanas. A cidade comporta e tem espaço para todos", avalia Ferro.

Pelo DEM, os dois parlamentares da Câmara, Fábio Landi e Mauro Miaguti, continuarão o trabalho voltado 100% ao mandato e não concorrerão.

O PSB, que fará convenção em São Paulo no domingo, deve confirmar as candidaturas dos vereadores Pastor Ivanildo de Santana a deputado estadual e Vandir Mognon para disputar a federal. Antônio Cabrera corre por fora e também estuda a possibilidade de pleitear vaga à Câmara Federal.

O PTdoB definirá o quadro dia 26, quando o presidente municipal do partido, Evandro de Lima, será avalizado candidato a deputado estadual. No mesmo dia, o PT formalizará os nomes de Ana do Carmo na corrida pela reeleição à Assembleia e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, que buscará seu terceiro mandato em Brasília. E o PTB confirmará Frank Aguiar a deputado federal.

Pelo PPS, Alex está no páreo; Edinho não

O deputado estadual Alex Manente (PPS) concorrerá à reeleição, mas um dos seus principais parceiros, o ex-deputado federal Edinho Montemor (PPS), desistiu de postular novamente vaga em Brasília.

Ainda assim, Alex, coordenador regional do partido, avalia que foi montada "chapa forte". "Podemos manter as cinco cadeiras na Assembleia ou até ampliar esse número. Na região esperamos desempenho melhor do que em 2006. Teremos o Coronel Sardano em Santo André, e Paulo Larissa, em Mauá, como candidatos a federal", analisa o popular-socialista. "Mesmo sem estar na urna, Edinho nos ajudará bastante, como tem colaborado", concluiu.

Ao contrário do que foi cogitado nos bastidores políticos, o PPS não estará com PSDB e DEM na coligação proporcional para deputado estadual. As três legendas estarão juntas somente na aliança para deputado federal.

Os popular-socialistas sairão sem parcerias para o pleito de outubro. "Seria a mesma coisa. A dificuldade continua", avalia Alex Manente.

Mas os números do pleito anterior mostram o contrário. Há quatro anos, o deputado estadual com menos voto entre os cinco eleitos pelo PPS foi David Zaia, que angariou 54.799 votos.

Pelo lado do DEM, Milton Leite foi o último ao se eleger com 70.629 sufrágios. Entre os tucanos, Roberto Massafera obteve 72.205 eleitores e içou com a última vaga do PSDB. O que significa dizer que a linha de corte do PPS poderia subir de 15 mil a 20 mil votos. Em 2006, Alex foi o quarto mais bem votado do PPS ao atingir 60.571 votos.