Economia Titulo Situação complicada
Crise se espalha e afeta pequenas empresas de todos os setores
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
20/08/2015 | 07:05
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Depois de ter atingido duramente as pequenas indústrias, a crise já afeta com intensidade firmas do comércio e de serviços. Esse é um dos motivos de o faturamento das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC ter registrado desempenho semelhante ao da média do Estado de São Paulo no primeiro semestre, segundo dados de pesquisa do Sebrae-SP.

De acordo com o estudo, as vendas das MPEs dos sete municípios caíram 11% de janeiro a junho, ante mesmo período de 2014. Pela mesma comparação, a média estadual tem queda de 11,9% nos resultados. No primeiro trimestre, a situação era mais crítica na região, onde se verificava retração de 14,5%, enquanto em todo o Estado havia recuo de 12,8%.

Segundo a economista Letícia Aguiar, que é consultora do Sebrae-SP, como o Grande ABC é um polo automotivo e que concentra muitas pequenas fornecedoras de peças e serviços para essa cadeia produtiva, houve, no início do ano, impacto forte, por causa da forte retração na demanda por veículos. “No Estado, esse efeito foi mais diluído”, disse.

No entanto, o aumento do desemprego, a inflação elevada e a piora na confiança do consumidor contribuíram para a queda no consumo interno não só na área automobilística, mas também em outros segmentos, assinalou a economista. “A crise se espalhou.”

Além disso, as MPEs industriais das sete cidades já atingiram o ‘fundo do poço’, por isso o recuo é menos acentuado se comparado aos demais no ano.

OCUPAÇÃO - O estudo do Sebrae-SP traz ainda um dado que chama a atenção: o crescimento de 4,8% no pessoal ocupado nas micro e pequenas empresas no primeiro semestre no Grande ABC. Em todo o Estado, há alta de 1,3% no período. Letícia explica que isso decorre do fato de a pesquisa incluir não só empregados diretos, mas também terceirizados, sócios e familiares, e, com a crise, filhos e outros parentes que não encontram emprego e passam a ajudar os microempreendedores.

Ela destacou ainda que a base de comparação é fraca. Isso porque, no ano passado, a região já registrava retração no nível de ocupação entre as MPEs. “A base é mais deprimida do que na média do Estado. 




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