A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense irá investigar a morte de Alex José do Carmo, a quarta testemunha da "Operação Capa Preta" assassinada. Alex estava em um Astra preto e foi morto, com pelo menos 10 tiros, no início da noite de ontem, na Rua Urbano Duarte, no Parque Fluminense, em Duque de Caxias. A vítima era considerada pela polícia como peça-chave do processo decorrente da operação, que, em dezembro de 2001, desarticulou uma quadrilha acusada de atuar como milícia e grupo de extermínio em Duque de Caxias.
Alex José deu detalhes do modo de atuação da quadrilha, formada por 13 PMs, quatro ex-PMs, um policial civil, um sargento do Exército, um sargento da Marinha e um ex-fuzileiro naval. No grupo também estavam os então vereadores de Duque de Caxias Jonas Gonçalves da Silva, conhecido como "Jonas é Nós", soldado reformado da PM, e Sebastião Ferreira da Silva, o "Chiquinho Grandão". O Ministério Público Estadual chegou a afirmar que os envolvidos cobravam valores para realizar a "segurança" em alguns bairros e viabilizar o fornecimento clandestino de gás, internet e TV a cabo.
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