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Como a bala explode?
Bruna Gonçalves
Especial para o Diário
15/11/2009 | 07:35
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Andréa Iseki/DGABC

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O segredo da bala que explode na boca são os cristais de açúcar que mantêm aprisionadas em seu interior pequenas bolhas de gás carbônico (um dos componentes do ar e o mesmo gás adicionado no refrigerante que faz o líquido borbulhar quando a garrafa é aberta). Em contato com a saliva, o açúcar começa a dissolver e as bolhas de gás são liberadas, provocando pequenos estalos. O mesmo ocorre se o doce for mastigado.

A bala é produzida a partir da mistura de açúcares e ainda pode conter gelatina ou gomas, que ajudam a aumentar a quantidade de gás preso. Também são adicionados corantes. Por isso, é comum encontrar essas guloseimas de várias cores.

Todos esses ingredientes são misturados e aquecidos sob alta pressão até atingir o ponto de fusão (passa do estado sólido para o líquido), daí é acrescentado o gás carbônico. A mistura é resfriada e as bolhas de gás ficam aprisionadas dentro dos cristais de açúcar que se formam. Estes cristais podem ser incorporados a outros doces, como chicletes e chocolates, transferindo para eles a capacidade explosiva.

A bala que explode foi criada em 1956 pelo químico William Mitchell da empresa General Foods, nos Estados Unidos, com o nome Pop Rock. No Brasil alguns fabricantes produzem esses doces.

Consultoria de João Usberco, supervisor de Química do Anglo Vestibulares, e Joab Trajano Silva, do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Supervisão Teresa Monteiro)

Outra explosão fora da boca

Muita gente fica curiosa para saber por que ao colocar bala Mentos dentro da garrafa de Coca-Cola Diet, o refrigerante é expulso sob a forma de um jato que pode atingir 2 m. O fenômeno ocorre devido à capacidade da bala formar novas bolhas de gás carbônico que faz parte da bebida. Isso acontece em função de duas características da Mentos: a superfície recoberta de irregularidades microscópicas (apesar de parecer lisa) e a presença de goma arábica na sua composição. Cada uma das irregularidades forma uma nova bolha. E a goma aumenta a velocidade de formação dessas bolhas.

O fenômeno é facilitado porque a bala afunda rapidamente por ser pesada. Assim, à medida que as bolhas se soltam da superfície da bala, começam a subir e vão aumentando de tamanho, porque atraem mais gás carbônico para elas. A rápida formação de bolhas e seu rápido crescimento aumentam a pressão do líquido dentro da garrafa, expulsando-o para fora.

Como o chiclete faz bola?

Fazer bola de chiclete deixa muita gente curiosa para saber como é possível. O segredo está na sua composição. Os dois ingredientes responsáveis por isso são a goma base (formada por borracha sintética, obtida a partir do petróleo), que dá elasticidade à guloseima, e o xarope de glicose (açúcar). Como todo mundo sabe, para formar uma boa bola de chiclete é necessário primeiro mastigá-lo bastante para tirar a maior parte do açúcar e amaciar a borracha. Daí o ar é soprado para seu interior. Como o ar que fica aprisionado na goma de

mascar tem maior pressão (força) do que o que está no ambiente, ele se expande e forma a bola. Conforme o tamanho aumenta, a goma torna-se cada vez mais fina até que se rompe, liberando o ar e provocando o estouro. O chiclete surgiu no fim do século 19, mas há relatos de que já na Antiguidade o homem mascava seiva de látex extraída da árvore do sapotizeiro (que produz a fruta sapoti). Em 1872, Thomas Adams fabricou o primeiro chiclete com resina extraída da planta alcaçuz. Depois foi substituída pela borracha derivada de petróleo.




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