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Reestruturação petroquímica deve começar pela Petroflex
12/08/2005 | 23:38
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Politeno e Petroflex começam a despontar como bolas da vez na reestruturação da petroquímica brasileira. Sexta-feira, executivos da Braskem e da Suzano, acionistas das duas empresas, falaram sobre o futuro da parceria. É consenso no mercado que existe a necessidade de descruzar as participações no setor. No caso de Politeno e Petroflex, há grande risco de conflito de interesses, já que os dois controladores são concorrentes no mercado de resinas.

"Por enquanto não há conflitos de interesses, mas não é desejável, no futuro, que esse conflito acionário permaneça", afirmou, em apresentação para investidores, o diretor financeiro da Suzano Petroquímica, João Nogueira Batista. Mais cedo, também em evento para representantes do mercado financeiro, o vice-presidente de finanças e relações com investidores da Braskem, Paul Altit, não descartou a possibilidade de comprar, no futuro, a fatia da Suzano na Petroflex.

As participações cruzadas são fruto da privatização do setor petroquímico, na década de 90, que resultou em uma intrincada teia acionária no setor. Em um movimento iniciado há alguns anos, a Odebrecht já conseguiu descomplicar um pouco a situação, integrando os ativos do pólo de Camaçari, na Bahia, sob a chancela da Braskem.

Batista afirmou que o futuro da petroquímica brasileira vai comportar apenas "duas ou três" empresas de grande porte. A própria Suzano inicia um processo de reorganização de sua estrutura de participações em outras empresas.

Batista frisou que ainda não há negociações sobre mudanças acionárias na Politeno e na Petroflex - a primeira produz resinas plásticas em Camaçari e a segunda, borracha sintética em três unidades espalhadas pelo Brasil. Mas lembrou que a Petroflex não está no foco da companhia, que é produzir resinas. A empresa, porém, é considerada um bom ativo porque garante dividendos importantes para a holding.

Já a Braskem pensa diferente: "Aquele ativo (a Petroflex) pode vir a ser interessante", afirmou Altit, ao ser questionado por jornalistas. O executivo também mencionou sobre possibilidade de compra de participação acionária na Politeno.




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