Numa cerimônia solene na restaurada sede do parlamento alemao, o Reichstag, o presidente Roman Herzog advertiu que, embora a naçao tenha se reconciliado com seu passado, tem a responsabilidade especial de velar pelos direitos humanos em Kosovo e demonstrar que aprendeu os horrores do nazismo. Os direitos humanos ``devem ser levados em conta e, em última instância, implementados', disse Herzog, no que deve ser seu último discurso como presidente. Há 50 anos, a entao Alemanha Ocidental adotou sua constituiçao do pós-guerra e agora o país reunificado é ``um país tolerante, cosmopolita e próspero', disse Herzog.
A Alemanha está agora em meio a uma transiçao histórica: uma nova geraçao de líderes, sem experiência pessoal da Segunda Guerra Mundial, foi eleita no fim do ano passado. Além disso, se acelera o processo de transferência da capital de volta a Berlim.
Os alemaes devem lembrar ``as perseguiçoes, os massacres, a guerra e as deportaçoes', disse Herzog. ``Esta é a nossa responsabilidade'. Herzog, que em seu mandato declarou um dia nacional de lembrança do holocausto judeu, exortou os alemaes a serem mais abertos a mudanças sociais e econômicas e a dependerem menos do sistema estatal de segurança social. ``Devemos ser melhores do que outros de novo, se queremos manter pelo menos a metade da rede de segurança social e a prosperidade que temos', afirmou.
A cerimônia desta segunda teve lugar no restaurado Reichstag, edifício construído no século XVIII que antes se alinhava ao Muro de Berlim e volta a ser a sede do parlamento 10 anos depois da queda do Muro, do colapso do comunismo e da reunificaçao das duas Alemanhas. Acredita-se que até o final deste ano todos os gabinetes governamentais serao transferidos de Bonn, capital durante a guerra fria, para Berlim. Em outra iniciativa de transiçao, uma assembléia federal foi convocada neste domingo no Reichstag para eleger o sucessor de Herzog, o social-democrata Johannes Rau, de 68 anos.
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