Resolução da direção estadual do PSDB determinou que todas as candidaturas a prefeito do partido no ano que vem recebam o crivo da cúpula paulista. Com isso, qualquer decisão dos diretórios municipais precisará ser chancelada pela direção superior. Assim, a executiva estadual tem liberdade para contrariar escolha em instância inferior.

Publicada no dia 10, a resolução informa que “o descumprimento desse item (encaminhamento à chancela estadual) acarretará na nulidade da convenção municipal” ou até em dissolução do diretório municipal, conforme o estatuto do PSDB nacional.

O documento também exige que dirigentes municipais encaminhem para a direção paulista prévia do cenário local até o dia 1º de dezembro. Precisarão ser informados dados sobre possibilidade de candidatura própria, de nomes a vereador e do panorama político local, incluindo a força de possíveis rivais.

Até o dia 1º de março de 2016, as coordenadorias regionais terão de levar relatório sobre a situação dos projetos eleitorais do PSDB.

No caso do Grande ABC, há forte discussão de ter nome em pelo menos cinco das sete cidades, em estratégia bem diferente de 2012, quando apenas em três municípios a legenda apostou em projeto solo – Maridite Cristóvão de Oliveira em Diadema, Edimar da Reciclagem em Mauá e Gabriel Maranhão em Rio Grande da Serra (o único vencedor).

A sigla ainda indicou vice em Santo André (Ricardo Torres dividiu chapa com Raimundo Salles) e em São Bernardo (Admir Ferro selou parceria com Alex Manente). A tática fez com que o PSDB encolhesse na região, com redução drástica no número de vereadores e de poder político.