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Compras de última hora aquecem comércio de rua
Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
14/08/2011 | 07:16
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Noeli Barbosa da Silva e seu filho, João Vitor da Silva, caminhavam ontem pelas calçadas do Centro de Mauá atrás de presente. Eles procuravam peça de roupa para o pai do menino. "E ele vai ajudar na escolha", disse a mãe apontando ao filho.

Noeli fazia parte de grupo de consumidores que lotaram as calçadas com comércios nos centros das cidades da região. Como  costume brasileiro, eles deixaram para comprar o presente do Dia dos Pais na última hora.

A falta de tempo durante a semana, muitas vezes por causa do trabalho no horário comercial, como contou o casal de funcionários públicos de Ribeirão Pires Israel dos Santos Evangelista e Patrícia Cerqueira Guizzardi, foi o motivo mais comum para deixar as compras para a véspera.

Junto aos dois filhos, o casal afirmou que procurava presentes. E o pagamento seria em dinheiro. Evangelista disse que, depois de alguns problemas financeiros, aprenderam a lição. "É bem menos complicado o pagamento à vista."

Mas nem sempre essa opção é disponível para todos os consumidores. Principalmente porque a data comemorativa cai sempre no meio do mês.

CARTÃO - A enfermeira Maria do Céu Pereira comprou camisa para presentear o pai. E pagou com o cartão de crédito em duas vezes. O modo de pagamento foi escolhido, justamente, por causa da data. "Estamos no meio do mês, e isso quer dizer que o dinheiro está acabando", brincou.

O problema é que entrar em parcelas no cartão sempre acarretaram maior custo ao produto. Isso porque o pagamento à vista, normalmente, facilita a negociação de descontos às compras.

PUBLICIDADE - Apesar da grande movimentação, o comércio colocou poucas faixas e cartazes anunciando promoções relacionadas ao Dia dos Pais. "Essa data é a menos relevante entre as comemorativas do ano, como Dia das Mães e Natal", explicou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Santo André, Sidnei Muneratti.

Ele conta que o tíquete médio esperado é de R$ 50, e deduz que isso pode ter contribuído para diminuir as expectativas dos lojistas, que investiram pouco em publicidade.

VARIAÇÃO - Para aqueles que ainda não compraram o presente, a internet pode ser boa opção. Pesquisa do BuscaPé, site de comparação de preços, aponta que as diferença entre os valores de um mesmo produto na rede chega até a 78,2%. Como é o caso do celular Nokia C3 GSM desbloqueado, cujo preço mais baixo é de R$ 250,20 e o mais alto de R$ 1.149,47.




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