Economia Titulo
Gastos com vestuário
somam R$ 1,9 bilhão
Alexandre Melo
do Diário do Grande ABC
13/10/2011 | 07:20
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Com mais dinheiro no bolso, a população do Grande ABC deu um salto no consumo de calçados e vestuário nos últimos nove anos. Pesquisa do IPC Marketing aponta que em 2002 foram gastos R$ 709,3 milhões, enquanto a previsão para este ano é movimentar R$ 1,9 bilhão. Houve avanço de 169% no período.

A classe B responderá pela maior fatia desse consumo, R$ 987,1 milhões no decorrer deste ano. E a chamada nova classe média deverá gastar R$ 478,8 milhões. São justamente essas duas camadas sociais que atraem os investimentos das redes varejistas de vestuário para a região, que até 2012 vão abrir 16 pontos de venda.

São as gigantes do setor que mais reforçarão suas presenças no Grande ABC. A Lojas Renner abrirá quatro unidades. Serão duas neste ano, no Shopping Praça da Moça e ParkShopping São Caetano e outras no São Bernardo Plaza Shopping e Mauá Plaza. A companhia não revelou o investimento nas novas filiais.

A concorrente Marisa reforça sua presença com três unidades, sendo que uma foi inaugurada no mês passado, no bairro Taboão, em São Bernardo. "Estamos sempre à procura de imóveis para ampliar nossa operação. O desempenho das lojas na região é muito bom", diz o diretor de expansão, Ricardo Ribeiro.

Para 2012, o executivo confirmou que abrirá dois pontos, sendo um deles no São Bernardo Plaza e outro em Santo André. A loja de rua no Taboão emprega 31 funcionários diretos. Já a holandesa C&A terá unidades em São Bernardo e São Caetano, no shopping que abrirá em novembro.

Está nos planos da Riachuelo abrir três unidades nos próximos anos. A marca estará nos centros em São Caetano e São Bernardo, sendo que este abrirá apenas no segundo semestre de 2012. A Pernambucanas e a Besni também ampliarão a presença com uma filial cada na expansão do Mauá Plaza.

REGIONAIS - As marcas Pixolé e Viv L'eroá não ficam atrás da concorrência. As redes andreenses estarão presentes em São Caetano e São Bernardo, respectivamente.

 

Alta da inflação não inibe intenção de compra

Mesmo com os preços das roupas e calçados acumulando aumento de 7,14% no ano, segundo indicador da Fundação Getulio Vargas, o ritmo de consumo no setor não para. Balanço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que em agosto as vendas cresceram 0,9% em relação a julho.

É a demanda reprimida por bens de consumo e serviços, especialmente na classe C, que alavanca os resultados das companhias do setor. A oferta de crédito, que não sofreu alterações, e a renda crescente do trabalhador sustentam esse avanço.

POTENCIAL - Somente no Grande ABC, os estratos sociais B e C respondem pelo maior potencial de consumo no setor de vestuário. Juntas elas deverão desembolsar neste ano a cifra R$ 1,4 bilhão comprando artigos confeccionados. Mesmo a classe D, que também está em trajetória de ascensão de renda, gastará R$ 478,8 milhões, segundo as projeções da empresa de pesquisa IPC Marketing.

A abertura do centro de compras em São Caetano, que terá marcas inéditas na região como Zara, Le Lis Blanc e Dudalina, aquecerá ainda mais o mercado.

 

 

 




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