O PT de Diadema busca antecipar a definição de quem vai representá-lo nas urnas em 2016 para ter mais tempo de divulgação do futuro candidato a prefeito da cidade. A tática será adotada porque o ex-prefeito e atual secretário de Saúde da Capital, José de Filippi Júnior, reluta em disputar pela quarta vez o comando do Executivo diademense, forçando, assim, o diretório procurar novo nome a apresentar ao eleitorado local no ano que vem.

Sem Filippi, estão declaradamente na disputa os vereadores José Antônio da Silva e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Por terem carreira na vereança, o PT já detectou que ambos são desconhecidos de grande parte da cidade e que esse seria um empecilho na tentativa de impedir a reeleição de Lauro Michels (PV).

O presidente do PT local, Mário Reali, disse que levar o debate às prévias seria “equívoco”. “Vou defender isso (a indicação ainda neste ano) no diretório”, sintetizou o ex-prefeito. Ao comentar sobre Filippi, Reali afirmou que a missão do padrinho político em São Paulo ainda não foi finalizada e que ele mudaria de opinião sobre não concorrer em Diadema “caso se interessasse muito ou se sentisse desafiado”.

Embora únicos nomes declarados no petismo de olho em 2016, Maninho e Zé Antônio convivem com boatos sobre outros militantes de olho na cabeça de chapa do PT para o próximo ano. O deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, é defendido pelo ex-vice-prefeito Joel Fonseca, que tem coletado opinião de filiados para que Vicentinho tire o título de eleitor de São Bernardo para representar o partido no pleito em Diadema – a hipótese é pequena.

TERCEIRA VIA
Para Reali, a costura de uma terceira via é projetada pelo governo, como forma de ter plano B caso o nome de Lauro enfrente forte resistência nas ruas em 2016. “Na minha avaliação, essa terceira via que estão desenhando é deles (da gestão). É boia para salvar o barco que estão afundado”, disse Reali, a respeito da articulação do vereador Vaguinho do Conselho (PSB) para concorrer à Prefeitura em 2016.