O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ajuizou ontem, por meio da Advocacia Geral da União, ação no Judiciário solicitando determinação da garantia de atendimento em todas as suas agências no País. “O INSS entende que os serviços previdenciários são essenciais e que a interrupção do atendimento nas suas unidades acarreta prejuízos a toda a população”, diz a nota, referindo-se à greve dos servidores do instituto, que entra hoje no 31º dia corrido.

Os profissionais pleiteiam a reposição de perdas salariais de 27,3%, referentes aos últimos quatro anos, mas o governo oferece 21,3% pagos em quatro parcelas anuais. Além disso, eles pedem melhores condições de trabalho, incorporação das gratificações no salário de aposentadoria e abertura de mais vagas para concurso público do instituto.

O Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) realizará amanhã nova assembleia para avaliar a continuidade da paralisação. E segue no aguardo de nova reunião com o Ministério do Planejamento a fim de tentar obter nova proposta. Na semana passada, o governo havia atrelado a negociação das pautas específicas do órgão federal à aceitação do reajuste de 21,3%.

O INSS reforça que quaisquer informações podem ser obtidas por meio da Central 135, mesmo canal que deve ser utilizado para reagendamento. Em alguns casos específicos, como a remarcação de avaliação social, será preciso fazer quando a greve acabar. A data considerada para o pagamento de benefício será a do agendamento original, garante o órgão.

Algumas agências têm priorizado atendimento de perícias e concessão de aposentadoria na parte da manhã.